São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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teste folha-mauá

Dois anos depois, C4 chega de olho nos "órfãos" de A3

Citroën quer fatia de mercado criada com fim da produção nacional do Audi

DA REDAÇÃO

Quem esteve no Salão de São Paulo de 2004 já o viu. Quem leu os jornais da época soube que ele chegaria em setembro de 2005. Mas só agora, um ano depois, a Citroën começa a vender o C4. Por enquanto, só o cupê será importado da França.
Na verdade, ele deveria chegar depois da versão de quatro portas, que será feita na Argentina em 2007, mas a Citroën quis aproveitar o baixo preço do dólar. Também se beneficia de a Audi ter parado de produzir o A3 no Brasil: a francesa aposta num produto equipado e com bom desempenho.
A potência é parecida. O A3 tinha motor 1.8 Turbo de 150 cv (cavalos). Aspirado, o propulsor 2.0 do C4 oferece 143 cv. É o mesmo usado pela Peugeot no 307, com quem compartilha ainda o sistema de ar-condicionado, o câmbio e a plataforma.
Vendido só com câmbio manual, o C4 vai a 100 km/h em 10,76s, diz o teste Folha-Mauá. O 307 automático exige 11,29s. Enquanto o Citroën leva 7,26s para ir de 40 km/h a 80 km/h, o Peugeot vai em 6,92s, quebrando o mito de que o câmbio manual ajuda a performance.
Ainda que usem os mesmos recursos, os freios do C4 se mostraram mais eficientes. Ele percorre 37,4 m quando vem a 80 km/h e o motorista os aciona. O 307 anda 37,7 m antes de parar completamente.

Completo
O nível de equipamentos é bom. Partindo de R$ 69,8 mil, a única versão do C4 (VTR) oferece seis airbags, ar-condicionado com regulagem independente para o motorista e o passageiro, toca-CDs, detector de obstáculos traseiros e freios com ABS (antitravamento), ESP (controle de estabilidade), ASR (controle de tração) e AFU (ajuda à frenagem de urgência).
Há também um sensor que liga automaticamente o limpador de pára-brisa, algo que o novo A3 2.0, que custa a partir de R$ 138.621, não oferece. O 307 manual, de R$ 61.450, vem com airbag duplo e uma lista tão completa quanto a do C4.
Exclusivo do novo Citroën, além do aromatizador com cinco perfumes, é o volante com centro fixo. A vantagem, aponta a fábrica, é ter espaço para colocar muitos comandos no volante e oferecer um airbag retangular. Normalmente, a bolsa inflável do condutor é menor que a do passageiro.
Também não há como negar que o desenho seja único. O teto termina integrado ao vidro traseiro, formando um "degrau". (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


O C4 foi cedido para teste pela montadora

Ficha técnica

Citroën C4

Potência 143 cv a 6000rpm

Torque 20,4 kgfm a 4000 rpm

Motor dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.997 cm³ de cilindrada

Câmbio manual, de cinco velocidades Freios a disco ventilados na dianteira, a disco na traseira

Suspensão dianteira independente, tipo McPherson; traseira independente


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