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teste folha-mauá
Dois anos depois, C4 chega de olho nos "órfãos" de A3
Citroën quer fatia de mercado criada com fim da produção nacional do Audi
DA REDAÇÃO
Quem esteve no Salão de São
Paulo de 2004 já o viu. Quem
leu os jornais da época soube
que ele chegaria em setembro
de 2005. Mas só agora, um ano
depois, a Citroën começa a vender o C4. Por enquanto, só o cupê será importado da França.
Na verdade, ele deveria chegar depois da versão de quatro
portas, que será feita na Argentina em 2007, mas a Citroën
quis aproveitar o baixo preço
do dólar. Também se beneficia
de a Audi ter parado de produzir o A3 no Brasil: a francesa
aposta num produto equipado
e com bom desempenho.
A potência é parecida. O A3
tinha motor 1.8 Turbo de 150 cv
(cavalos). Aspirado, o propulsor 2.0 do C4 oferece 143 cv. É o
mesmo usado pela Peugeot no
307, com quem compartilha
ainda o sistema de ar-condicionado, o câmbio e a plataforma.
Vendido só com câmbio manual, o C4 vai a 100 km/h em
10,76s, diz o teste Folha-Mauá.
O 307 automático exige 11,29s.
Enquanto o Citroën leva 7,26s
para ir de 40 km/h a 80 km/h, o
Peugeot vai em 6,92s, quebrando o mito de que o câmbio manual ajuda a performance.
Ainda que usem os mesmos
recursos, os freios do C4 se
mostraram mais eficientes. Ele
percorre 37,4 m quando vem a
80 km/h e o motorista os aciona. O 307 anda 37,7 m antes de
parar completamente.
Completo
O nível de equipamentos é
bom. Partindo de R$ 69,8 mil, a
única versão do C4 (VTR) oferece seis airbags, ar-condicionado com regulagem independente para o motorista e o passageiro, toca-CDs, detector de
obstáculos traseiros e freios
com ABS (antitravamento),
ESP (controle de estabilidade),
ASR (controle de tração) e AFU
(ajuda à frenagem de urgência).
Há também um sensor que liga automaticamente o limpador de pára-brisa, algo que o
novo A3 2.0, que custa a partir
de R$ 138.621, não oferece. O
307 manual, de R$ 61.450, vem
com airbag duplo e uma lista
tão completa quanto a do C4.
Exclusivo do novo Citroën,
além do aromatizador com cinco perfumes, é o volante com
centro fixo. A vantagem, aponta a fábrica, é ter espaço para
colocar muitos comandos no
volante e oferecer um airbag
retangular. Normalmente, a
bolsa inflável do condutor é
menor que a do passageiro.
Também não há como negar
que o desenho seja único. O teto termina integrado ao vidro
traseiro, formando um "degrau".
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
O C4 foi cedido para teste pela montadora
Ficha técnica
Citroën C4
Potência 143 cv a 6000rpm
Torque 20,4 kgfm a 4000 rpm
Motor dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.997 cm³ de cilindrada
Câmbio manual, de cinco velocidades
Freios a disco ventilados na dianteira, a disco na traseira
Suspensão dianteira independente, tipo McPherson; traseira independente
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