|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EM TRÊS TEMPOS
Civic, Corolla e Jetta entre defeitos e qualidades
Esportivo, Civic tem menor porta-malas; o maior aparece no Jetta, cujo espaço interno deixa a desejar
DA REPORTAGEM LOCAL
Passado o fator emocional da
decisão de compra, é chegada a
hora de escolher entre Toyota
Corolla S, Volkswagen Jetta e
Honda Civic Flex pelos benefícios reais de um sedã médio.
Nesse ponto, os três têm características louváveis e condenáveis. O porta-malas, um dos
principais motivos de compra
de um três-volumes, poderia
crucificar o Civic. O Honda
comporta 340 l, ou a bagagem
de um casal com um filho e a de
uma sogra pouco vaidosa.
No Corolla, que comporta
437 l e cujo banco traseiro é o
único não rebatível, deve-se escolher entre a sogra e o outro filho. Já no Jetta, com 527 l, há
espaço para as malas de todos.
A sogra do motorista do Jetta, porém, deverá se decepcionar ao entrar no banco de trás.
Ainda que o acabamento em
couro seja o melhor, o espaço
para as pernas lembra o de um
hatch médio. É herança da distância entreeixos herdada da
quinta geração do Golf. Enquanto o Jetta soma 2,58 m, o
Corolla chega a 2,60 m, e o Civic, a 2,70 m. Resultado: o Honda tem acessos melhores e espaço interno mais generoso.
Mas esqueça a sogra. Ao volante, a questão muda de figura.
É lá que a tal noção de tempo se
faz mais presente. Espartano, o
Corolla S parece adotar soluções ergonômicas dos anos 90.
Ainda que funcionais, não
são os preferidos de um público
que busca sofisticação em um
carro de R$ 69.813. Para o Corolla vir com ar digital, controlador de velocidade, computador de bordo e sensor de chuva
será preciso desembolsar mais
R$ 8.274 pela versão SE-G.
Esportivo
Exceto o banco de couro, o
Jetta, por R$ 83.160, tem tudo
isso e mais um pouco. Traz detalhes que parecem supérfluos,
como volante e alavanca de
câmbio revestidos de couro,
controle de som no volante e
regulagem elétrica do encosto.
São itens que fazem mais bem
ao ego do que ao corpo.
No Civic, que custa a partir
de R$ 68.180, ego e corpo não
têm do que reclamar. A posição
de guiar é puramente esportiva.
Como em muitos carros de corrida, o conta-giros fica entre o
volante -o velocímetro está
perto do pára-brisa-, e o acelerador, grudado ao assoalho.
Para completar o "pacote de
emoção", o volante pequeno
deixa a direção rápida como em
um Porsche, e ainda há a opção
de troca das cinco marchas por
borboletas atrás do volante.
Com tanta provocação, acaba
sobrando para o motor 1.8 (138
cv com gasolina e 140 cv com álcool). No teste Folha-Mauá,
ele foi o mais lento de todos.
Para arrancar até 100 km/h
com gasolina, precisou de
13,09s, quase um segundo a
mais do que o Corolla 1.8 (136
cv). O Jetta, com motor 2.5 e
150 cv, cravou 10,92s.
O Civic a gasolina -que continua em linha e deve representar 70% das vendas, segundo a
Honda- fez a prova em 11,59s
há sete meses. Ainda que tenha
sido testado sob outras condições climáticas, vale para questionar a eficiência do sistema
flexível da Honda, o único a diminuir a potência do motor
-perdeu 2 cv a gasolina- com
a tecnologia.
(FABIANO SEVERO)
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
Texto Anterior: Em três tempos Próximo Texto: Cada vez maior, garantia faz aumentar gastos do consumidor Índice
|