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Cada vez maior, garantia faz aumentar gastos do consumidor
Para ter direito à proteção de 5 anos, é preciso fazer 1ª revisão com 1.000 km
DEISE DE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A garantia virou ferramenta
de sedução na venda do carro
zero-quilômetro. Para poder
usá-la, no entanto, o proprietário tem de seguir certas regras,
e elas custam um dinheiro muitas vezes não contabilizado.
Além de revisões prematuras
aos 1.000 km, a garantia pode
exigir uma visita à rede autorizada aos 5.000 km.
Desde 2002, com a chegada
do novo Toyota Corolla e sua
cobertura de três anos, algumas
fábricas revisaram seus planos.
A General Motors, a Ford e a
Honda ampliaram seus prazos,
e a Kia inovou com cinco anos.
Mantêm garantia de um ano
para a maior parte da linha a
Ford, a Fiat e a Volkswagen, cujos motores e câmbios são protegidos por outros três anos.
Um prazo de garantia generoso é sinal de qualidade do
produto e de atenção ao cliente,
aponta Corrado Capellano,
consultor da Creating Value.
"Para quem precisa fixar marca, é uma excelente aposta."
Cada montadora tem sua política, com prazos e benefícios
próprios. Em comum, há a
obrigação de o cliente seguir as
revisões previstas no manual
do proprietário nas autorizadas
e não alterar as características
originais do carro. Caso contrário, perde-se a garantia.
O intervalo para a troca de
óleo de carros da Toyota feitos
a partir de 2005 caiu de 10.000
km para 5.000 km. As autorizadas cobram R$ 100 pelo serviço, mas não é preciso fazê-lo ali.
A fábrica aceita que seja trocado em qualquer lugar, mas a nota fiscal deve ser guardada.
Para fazer frente à rival, a
Honda dá três anos para o Civic. "Há itens que devem ser
trocados a cada revisão, conforme o manual. O proprietário
deve ser consultado para autorizar o serviço do que for adicional à lista", diz Marcelo
Campagna, supervisor de serviço de pós-venda da Honda.
Prematuros
Para o Vectra, a primeira incursão à concessionária da
Chevrolet é aos 1.500 km e grátis. As seguintes são a cada
10.000 km, mas, a cada 5.000
km, é preciso trocar o óleo. O
Kia Picanto também tem uma
revisão prematura: a primeira
acontece aos 1.000 km.
Segundo o técnico do Procon-SP (Fundação de Proteção
e Defesa do Consumidor) Raul
Dalaneze, quando a empresa
dispõe da garantia contratual,
impõe as condições. "O cliente
tem de avaliar a necessidade
das revisões e as condições de
arcar com o custo", alerta.
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