Novo Peugeot será feito na Argentina e terá porta-malas de 623 litros

ROSANGELA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

Com a bocarra herdada do hatch e uma traseira considerável, começa a sair da linha de montagem da unidade de El Palomar (Argentina) a versão sedã do Peugeot 307. O 307 Sedan é o quarto modelo da marca produzido nessa unidade, onde já são montados o 206, o 307 com quatro portas e o utilitário Partner. É também dessa linha de montagem que sairão as versões hatch e sedã do Citroën C4, o que acontecerá a partir do segundo semestre de 2007. Eles compartilham a plataforma e o motor. Bruno Grundeler, diretor-superintendente da filial brasileira da montadora, diz que o 307 Sedan será vendido no país em agosto com os mesmos motores do hatchback: o 1.6 Flex de até 113 cv (cavalos) e o 2.0 16V (143 cv). "A versão básica custará aproximadamente R$ 3.000 a mais que a hatch [que chega em julho]. Estamos estimando um preço de R$ 56 mil." Grundeler comenta que o mercado brasileiro tem muitos concorrentes -os sedãs serão a maioria dos lançamentos deste ano-, mas que a expectativa é estar entre os cinco médios mais vendidos. Isso quer dizer que o veículo franco-argentino vai competir diretamente com o Chevrolet Vectra, o Toyota Corolla, o Honda Civic e o Renault Mégane Sedan. Mas não vai ter para ninguém se o consumidor priorizar o tamanho do porta-malas. O compartimento do 307 comporta 623 litros. Nenhum outro sedã médio tem esse volume. No Vectra, é possível acomodar 526 litros; no Renault Mégane, 520 litros. O Corolla transporta 437 litros, enquanto o Civic leva apenas 340 litros. A liderança de preço, porém, deve ficar com o Corolla 1.6, que custa R$ 52.623. O Vectra, o mais vendido do segmento de janeiro a maio deste ano, só está disponível com motor 2.0 e parte de R$ 62.482. O preço do Mégane 1.6 é de R$ 54.990, enquanto o valor inicial do Civic 1.8, com 140 cv, é de R$ 59,6 mil. Outro anúncio feito pelo presidente do grupo PSA Peugeot Citroën, Jean Martin Folz, foi a parceria com a Fiat para fabricar, na planta da italiana em Córdoba, 140 mil caixas de câmbio para equipar os novos veículos produzidos em Buenos Aires e em Porto Real (RJ).