Marcas que sempre estiveram em julho na cidade, como a Audi e a Fiat, desistem da ação de marketing

DA REDAÇÃO

Todo ano as montadoras vão a Campos do Jordão de olho nos ricos clientes que passam a temporada lá. Em 2006, as coisas serão diferentes. Marcas que sempre subiram a serra, como a Audi, não estarão lá. Mas as montadoras asiáticas mantêm a estratégia.
Já confirmaram presença as japonesas Honda, Subaru e Toyota e as coreanas Hyundai e Kia, além da inglesa Land Rover. O aspecto de "salão do automóvel" será encarnado pelos Hyundai Azera e Santa Fe e pelo Picanto, pela Carnival e pelo Magentis, todos da Kia.
A Folha apurou que a razão da debanda é que os estandes atraem muitos curiosos, mas os negócios fechados são poucos. O cliente que tem dinheiro -a Secretaria Municipal de Turismo estima que 55% dos turistas sejam da classe A- e quer comprar um carro não precisa vê-lo na cidade, mas vai diretamente a uma revenda.
Luiz Tambor, gerente da Land Rover, aponta outros dois problemas. "A cidade não tem estrutura, há muita gente. O trânsito pára, e não há como fazer test-drive, o que é fundamental." Ele também diz que é muito caro montar uma estrutura lá, por isso a Land Rover irá dividir o espaço com uma operadora de cartão de crédito, onde também venderá itens como camisetas e chaveiros.
Para José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, a fábrica estará na estância turística para reforçar seu novo posicionamento. "O foco agora são veículos de passeio, utilitários esportivos e comerciais leves. O perfil do público jovem que vai a Campos reflete muito a imagem da marca." Mas o "garotão" não é visto com bons olhos por todas as fábricas. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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