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MERCADO
África, Ásia e Oriente Médio atraem as fábricas instaladas no Brasil, mas Américas ficam com a maioria das vendas
Exportação "foge" de Argentina e México
ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os carros compactos brasileiros, que estão presentes na maioria dos países da América do Sul e
da Central, estão caindo no gosto
dos motoristas africanos e asiáticos. Também estão voltando em
maior volume para a Europa.
Leonardo Soloaga, gerente de
exportação da Volkswagen, diz
que Oriente Médio e norte da
África, além de China e Índia, são
parecidos com o Brasil. "Os ajustes técnicos são mínimos."
Ele afirma que esses países são
tradicionalmente importadores
da Europa, mas optaram pelo
Brasil devido à valorização do euro e às melhorias técnicas e de
acabamento das fábricas daqui.
"Acabamos de fechar acordo com
a Rússia para mandar 1.500 Gol."
Também são novos contratos
da VW -maior exportadora do
país- Egito, Marrocos, Argélia,
Nigéria, Etiópia, Gâmbia, Cazaquistão, Áustria e Alemanha.
Vale tudo para atender o mercado externo. Austrália e Índia recebem a Ford F-250 e o Chevrolet
Corsa Sedan com volante do lado
direito. O VW Golf entra nos EUA
com seis airbags e carroceria mais
rígida. O Chile não aceita carros
sem "brake light", e a Argentina
compra motores a diesel.
África e Oriente Médio estão
sendo analisados pela Ford para
terem, ainda em 2004, EcoSport,
Fiesta e Courier. Mas o México é o
principal importador de Camaçari (BA): até dezembro, serão 16
mil Fiesta e 14 mil EcoSport.
A Fiat prospecta negócios com
Estônia e Grécia, retomou as exportações para Venezuela e recentemente para a Espanha (com
a Strada). Também vende para
Hungria, Eslováquia e Ucrânia.
Segundo a Anfavea (associação
dos fabricantes), o Brasil exporta
para mais de cem países, e o volume dos negócios cresceu 50% de
janeiro a agosto, se comparado ao
mesmo período de 2003. "Isso se
deve à competitividade do produto brasileiro, à agressividade das
empresas e aos acordos comerciais", diz Ademar Cantero, diretor de relações institucionais.
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