COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Encomendar a adaptação direto na concessionária ou mandar o carro para uma das empresas fabricantes dos equipamentos essenciais? A dúvida é freqüente e, na verdade, não há uma resposta única.
O serviço mais em conta sai, em média, por R$ 300 -trata-se da inversão do pedal de freio. Mas o valor pode alcançar os R$ 5.000: só uma central de comandos elétricos, espécie de controle remoto para acionar faróis, buzina, lâmpadas e limpadores, custa R$ 3.200.
"Nas concessionárias, fica 30% mais caro que aqui", estima Mônica Lupatin Cavenaghi, diretora comercial da Cavenaghi, que detém cerca de 70% do mercado de adaptações.
Mas ela justifica o valor mais alto: "Quando a Volkswagen chancela o equipamento, o cliente tem uma garantia mais abrangente. É como um toca-CD original do carro. Quando dá um problema, não vai para a assistência técnica, vai para a concessionária", argumenta.
Mas a economia só é válida para a VW, única montadora que recebe na própria fábrica o automóvel adaptado. Ela confere todas as mudanças antes de liberar o carro para uma concessionária.
"As outras montadoras preferem a parceria com as empresas adaptadoras, passando para elas a responsabilidade pela assistência técnica", explica Renato Baccarelli, diretor comercial da Technobras, que representa no Brasil a italiana Guidosimplex, a maior empresa do setor no mundo.
Segundo ele, o gasto extra de 30% só é válido nas cidades onde não há representante da adaptadora -a Technobras tem 35 postos autorizados em todo o Brasil; a Cavenaghi, 40.
"Aí ele compra um modelo VW, é mais garantido. Mas o volume de vendas de carros adaptados da montadora é pequeno. Os maiores clientes da Cavenaghi e da Technobras são a Honda e a Toyota", explica Bacarelli. Ele lembra que a Fiat e a Renault também homologam os modificados, o que mantém a garantia original.
A cooperativa Hand Drive é outra empresa que atua no segmento. "Apesar de termos convênio com concessionárias de todas as marcas, tenho certeza que instalar o equipamento diretamente conosco sai mais barato. É a mesma diferença que você paga, por exemplo, para colocar um insulfilm na concessionária ou no ponto-de-venda do fabricante da película", compara Geraldo Cardoso, sócio-gerente da Hand Drive.
As empresas usam a Reatech para exibir novas adaptações. A Cavenaghi lançará o acelerador de mão CMC Comfort, de R$ 1.890. Ele aproveita a força da gravidade para que a aceleração seja para baixo -o sistema tradicional exige que o motorista puxe o acelerador.
Sem preço ainda definido, a embreagem eletrônica da Technobras dá ao carro mais agilidade em ladeiras.

Revenda
O mercado aquecido levou à abertura da Grand Special, multimarcas com papel de Poupatempo: reúne loja da Cavenaghi, corretora de seguros e auto-escola, entre outros.