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Forma tradicional é a que predomina
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se por um lado o consumidor é
beneficiado quando compra por
intermédio de leasing, por outro
as instituições financeiras estão
dando mais atenção ao CDC.
O banco Toyota, por exemplo,
só realiza operações de leasing
para pessoas jurídicas com faturamento anual superior a R$ 1,5 milhão. O banco Honda está com
as transações suspensas, e o consumidor encontra apenas as tabelas de CDC nas revendas Fiat.
"O mercado se voltou ao CDC.
Já temos autorização do Banco
Central para operar com leasing,
mas ainda não sabemos quando
vamos oferecer o plano, que deve
ser voltado apenas a grandes empresas", afirma Carlos Eduardo
Silva, da Financeira Renault.
Em direção oposta, a BMW preferiu investir no leasing e ainda
não oferece o crédito direto.
Em 1997, a matriz fez estudos e
percebeu que o leasing era mais
atrativo: o dólar e o real tinham
valores equivalentes, e a taxa de
captação da moeda norte-americana no exterior era mais baixa.
Como tudo começou
A explosão do leasing no Brasil
aconteceu entre 1996 e 1998. Na
época, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide
apenas sobre o CDC, era de 15%
-hoje é de 1,5%. Quem optava
pelo leasing só deveria pagar ISS
(Imposto sobre Serviços).
"Sempre o "quanto custa" pesa
na decisão do consumidor", diz
José Romélio Brasil Ribeiro, diretor-executivo da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).
Para segurar um possível aumento da inflação, o governo havia limitado em seis o número de
prestações do CDC. O leasing oferecia a opção de 24 parcelas.
A maioria dos contratos de
"aluguel" era em dólar, pois as
empresas tinham uma facilidade
maior na captação de dinheiro no
exterior. Em janeiro de 1999,
quando o governo brasileiro desvalorizou o real, quem pagava
R$ 200 na prestação do leasing
passou a pagar R$ 400.
"A crise cambial ajudou a afastar muitos consumidores", atesta
Silva, da Renault. Hoje em dia
praticamente todos os contratos
são em moeda nacional.
Simplesmente luxo
O arrendamento também é tido
como algo usado apenas na compra de carros luxuosos. "Em 1990,
o Brasil liberou as importações,
e, ao mesmo tempo, o leasing para pessoas físicas", conta Agner
Maria Moura Corrêa, do BMW
Serviços Financeiros.
Passou a comprar por esse tipo
de financiamento quem já estava
acostumado a ele, ou seja, empresários, executivos e profissionais
liberais, que não são os típicos
compradores de carros "populares". Dez anos de mercado aberto
se passaram, e os modelos mais
caros ainda são os campeões de
financiamento por leasing.
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