São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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UTILITÁRIO

Motor 2.4 dá mais agilidade

Honda CR-V usa design para atrair "aventureiro"

EDSON FRANCO
EDITOR DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO

Nem parece que só dois anos separam a chegada do utilitário esportivo Honda CR-V ao Brasil e o atual lançamento da sua segunda geração. O carro sofreu alterações no design e no motor e ficou mais sedutor para aquele aventureiro cuja maior descarga de adrenalina ocorre na feitura do cheque.
A começar pelo lado de fora. Mais altos e estreitos, os faróis agora se juntam ao pára-choque envolvente e dão um visual arrojado para a frente do veículo. Na traseira, a mudança é ainda mais radical. Agora, as lanternas vão desde o teto até o pára-choque.
Resultado: o visual externo destaca o CR-V na paisagem. Mesmo donos dos utilitários Jeep Grand Cherokee ou BMW X5 não resistem à tentação de dar uma olhada naquelas paradas no semáforo.
O arrojo realçado no lado de fora não encontra eco no interior do veículo. Quase tudo ali sugere que o carro não fica muito à vontade nas mãos de quem adora conjugar o verbo "chafurdar".
Não há bússola ou altímetro no painel. A preocupação com conforto e segurança atinge exageros como o apito estridente que o carro insiste em produzir até o momento em que o motorista afivela seu cinto de segurança.

Estética
Mais ou menos úteis, os porta-trecos surgem de todos os quadrantes, com destaque para o porta-óculos, que pende do teto, e o porta-copos (para duas unidades), no console central.
Ergonomicamente bem distribuídos, os instrumentos no painel só pecam no quesito estética. O caso mais sintomático é o da alavanca do freio de mão, pendurada entre o volante e o centro do painel. Pode ser bonito no Japão, de onde o carro vem, mas uma Copa parece não ter sido suficiente para encurtar a distância de gosto entre orientais e ocidentais.
Quando os olhos deixam de captar as diferenças entre as gerações do novo modelo da Honda, entra o pé direito. E é com ele que o motorista sente a mais bem-vinda alteração no CR-V.
Anteriormente, o propulsor era um 2.0 de 147 cv (cavalos). Agora, um 2.4 de 156 cv impulsiona o veículo. Nas ultrapassagens em estradas, o carro parece tomar fôlego (o câmbio é automático) antes de despejar a potência.
Para sair de terrenos acidentados, o torque (força) é muito bem aproveitado pelo sistema de tração nas quatro rodas, que entra em ação automaticamente quando a situação assim o exige.
O preço (R$ 87.229,49) faz com que o CR-V saia perdendo na corrida contra os seus principais concorrentes no mercado, o Mitsubishi Pajero iO com câmbio automático (R$ 63.985) e o Toyota RAV 4 (R$ 82.201).
Para incentivar o comprador a embarcar nessa "aventura", o utilitário da Honda vem com ar-condicionado, toca-CDs e mesinha para lanche.


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