São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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SEGURANÇA

Preço mínimo da proteção cai de R$ 38 mil para R$ 28 mil, já que a área revestida é cerca de 40% menor

Preço coloca picape pequena no "clube dos blindáveis"

DA REDAÇÃO

Blindar picapes derivadas de carros pequenos é a nova tendência de segurança automotiva. Além de esses veículos chamarem menos a atenção do que importados de luxo, protegê-los sai mais barato, pois têm a cabine cerca de 40% menor que o automóvel de passeio do qual se origina.
Não é novidade que as picapes deixaram de ser usadas como utilitários. Nos últimos anos, ganharam mais itens de conforto -direção hidráulica, vidro elétrico e ar-condicionado- e novas versões. Seus motores são mais potentes que os dos "populares".
Em vez de pagar de R$ 38 mil a R$ 43 mil para blindar um compacto como o Palio, é possível desembolsar de R$ 28 mil a R$ 35 mil para revestir a Strada.
"Essa variação ocorre de acordo com o nível de blindagem e a escolha de opcionais pelo cliente [comunicador e sirene, por exemplo"", afirma Rogério Garrubbo, 40, sócio-diretor da Safety Life, empresa de blindagens que protegeu uma Fiat Strada Adventure, modelo que passou pelo teste Folha-Mauá (leia texto abaixo).
A Safety Life mantém parceria com a rede de concessionárias Projeto (Fiat e Ford), que acaba de criar uma divisão para cuidar da venda de carros blindados.

Números
"As pessoas não querem se expor. Por isso estamos blindando muito Fiat Marea e Strada cabine estendida. Na linha Ford, isso ocorre com Courier e Focus", diz Míriam Mazza, diretora da Central Projeto de Blindados.
Como é uma novidade, não há estatísticas sobre a evolução de blindagem de picapes. Mas, só da Projeto, estão saindo, neste mês, cinco unidades da Strada.
"Existe um público muito específico para picapes pequenas. É mais barato, porque vai menos vidro", diz Grace McDarby, gerente de marketing da blindadora O'Gara. Segundo ela, não é o perfil da empresa, que trabalha mais com público corporativo. "Mas a concorrência parece ter bastante procura", afirma.
"A blindagem de picapes pequenas cresce sobretudo por ser um carro discreto", reforça Edmur Linkevicius, 46, engenheiro automobilístico da Inbra Blindados, que diz já ter trabalhado com a proteção da Volkswagen Saveiro e da Ford Courier.

Perda de garantia
Duas blindadoras mantêm convênio diretamente com a Fiat Automóveis: Armor e Inbra. "Nessas a gente sabe como é feito o trabalho e damos suporte em termos de know-how", conta o engenheiro Carlos Henrique Ferreira, 35, assessor técnico da Fiat.
A Fiat afirma que blindar o automóvel numa empresa que não tenha convênio com a montadora provoca a perda da garantia de fábrica, que é de um ano sem limite de quilometragem.
"O carro é montado e desmontado, e a gente não sabe como foi essa montagem", diz Ferreira. Segundo ele, caso a proteção seja realizada em uma empresa "oficial", o modelo mantém a garantia, e o que for específico da blindagem é responsabilidade de quem a instalou. (LUÍS PEREZ)


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