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Motor mais potente dá a vitória ao modelo produzido pela Ford
F-250 X Silverado
Greg Sallibian/Folha Imagem
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Com potência de 180 cv, a picape Ford F-250 (esq.) bateu a Silverado (168 cv) em aceleração, retomada, consumo e nível de ruído
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GUSTAVO HENRIQUE RUFFO
da Reportagem Local
Em um duelo
de picapes grandes, o item força
é determinante
para nomear um
vencedor. A lógica prevaleceu
no teste da Folha e do Instituto Mauá de Tecnologia entre a Ford F-250 e a Chevrolet Silverado DLX, picapes turbinadas e movidas a diesel.
A representante da Ford, com
potência de 180 cv, bateu com facilidade a da Chevrolet (168 cv) em
itens como aceleração, retomada,
consumo e nível de ruído.
A Silverado superou a F-250 em
frenagem e foi muito melhor em
um quesito não aferido, mas que
conta pontos na hora da compra: o
preço. Ela é vendida por R$ 47.342,
R$ 6.428 a menos que a F-250.
Essa quantia é suficiente para
comprar um carro usado, como
um Gol CL 93 ou um Uno CS 95.
Vocação
É evidente que a grande vocação
das duas picapes é o trabalho pesado, mas cada uma tenta disfarçar
esse talento à sua maneira, como se
isso fosse vergonhoso.
A Silverado dispõe de um câmbio e de uma direção tão macios
que parecem pertencer a um carro
de passeio. A primeira marcha não
dá os mesmos trancos que a da
concorrente, mas o turbo entra em
ação com muita força, a cerca de
2.000 rotações por minuto (rpm).
O turbo no motor que equipa a
picape da Ford está mais bem regulado. Os trancos que sua primeira marcha dá se devem ao ajuste
para cargas pesadas, função que a
publicidade e o departamento comercial da Ford tentam negar.
A propaganda da picape é voltada prioritariamente para que ela
seja vista como um carro de passeio. Prova disso é que não é oferecida uma versão Super Duty, capaz
de carregar até 1.520 kg.
As versões da picape equipadas
com esse propulsor são voltadas
para o uso pessoal, uma distorção
importada dos EUA. Essa utilização não se enquadra no perfil de
picapes grandes. O porte delas é
perigoso e desajeitado na cidade.
A Ford reconhece o problema do
porte, mas o usa para vender mais
F-250. Exemplo é o uso de personagens bíblicos no mote da campanha: "Lembra de Davi e Golias?
Chegou a hora da revanche". Em
tempos de esforço por menos violência no trânsito, pegou mal.
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