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DUAS RODAS
Canyon 500 encara o piso de São Paulo
GREG SALIBIAN
repórter-fotográfico
Quando idealizaram a Canyon 500, os engenheiros da fábrica italiana
Cagiva não devem ter imaginado o quanto
essa moto de uso misto se adaptaria bem às ruas de uma cidade como São Paulo.
Com competência e agilidade,
ela enfrenta ondulações, desníveis,
remendos improvisados, rachaduras e tampas de bueiros que nunca
estão no nível do piso.
O maior achado para encarar um
cenário como esse sem perder a
postura está na parte inferior da
moto. Trata-se da suspensão criada pelos engenheiros italianos.
Convencional na dianteira e monochoque na traseira, ela é macia o
suficiente para fazer com que a
moto absorva os solavancos. Graças a essa característica, a Canyon
500 -montada no Brasil pela
Agrale- poupa a coluna do piloto
de sofrimentos excessivos.
O único senão no que diz respeito ao conforto é o banco, que poderia ser menos inclinado. Isso deixaria o piloto numa posição melhor, principalmente quando leva
um acompanhante.
Passado o item conforto, a próxima preocupação é com a agilidade.
Mais um ponto a favor da Canyon,
que revela um arranque capaz de
livrar o piloto de qualquer aperto
no trânsito pesado.
Essa característica acontece menos devido à potência (pouco mais
de 30 cv), mas muito mais por causa de seu motor pequeno e leve.
Autonomia
Outra decorrência do peso é um
consumo razoável para uma moto
desse porte. Segundo o fabricante,
a Canyon percorre 22 quilômetros
com um litro de gasolina.
Com um consumo desses e um
tanque de combustível com capacidade para 20 litros, a moto proporciona boa autonomia.
Deixando de lado os aspectos
mais técnicos, aparece o ponto alto
da Canyon 500: seu design arrojado e moderno. Além disso, a moto
tem um acabamento que a destaca.
Contribui para a beleza do conjunto a carenagem dianteira (incorporada ao tanque de combustível). Nela estão embutidos o farol
duplo, os piscas, o bagageiro de
alumínio e o protetor do motor.
Outro requinte são as duas saídas
de escapamento para uma moto
com motor monocilíndrico, acomodadas sob o pára-lama traseiro.
Na hora de parar, a moto tem um
sistema de freios que deve boa parte da sua eficiência à grande dimensão do disco na roda dianteira.
O câmbio, de cinco velocidades,
é suave e de fácil engate, mas exige
que o piloto mantenha rotações
adequadas para cada marcha.
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