São Paulo, Domingo, 23 de Maio de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DUAS RODAS

Canyon 500 encara o piso de São Paulo

GREG SALIBIAN
repórter-fotográfico

Quando idealizaram a Canyon 500, os engenheiros da fábrica italiana Cagiva não devem ter imaginado o quanto essa moto de uso misto se adaptaria bem às ruas de uma cidade como São Paulo.
Com competência e agilidade, ela enfrenta ondulações, desníveis, remendos improvisados, rachaduras e tampas de bueiros que nunca estão no nível do piso.
O maior achado para encarar um cenário como esse sem perder a postura está na parte inferior da moto. Trata-se da suspensão criada pelos engenheiros italianos.
Convencional na dianteira e monochoque na traseira, ela é macia o suficiente para fazer com que a moto absorva os solavancos. Graças a essa característica, a Canyon 500 -montada no Brasil pela Agrale- poupa a coluna do piloto de sofrimentos excessivos.
O único senão no que diz respeito ao conforto é o banco, que poderia ser menos inclinado. Isso deixaria o piloto numa posição melhor, principalmente quando leva um acompanhante.
Passado o item conforto, a próxima preocupação é com a agilidade. Mais um ponto a favor da Canyon, que revela um arranque capaz de livrar o piloto de qualquer aperto no trânsito pesado.
Essa característica acontece menos devido à potência (pouco mais de 30 cv), mas muito mais por causa de seu motor pequeno e leve.

Autonomia
Outra decorrência do peso é um consumo razoável para uma moto desse porte. Segundo o fabricante, a Canyon percorre 22 quilômetros com um litro de gasolina.
Com um consumo desses e um tanque de combustível com capacidade para 20 litros, a moto proporciona boa autonomia.
Deixando de lado os aspectos mais técnicos, aparece o ponto alto da Canyon 500: seu design arrojado e moderno. Além disso, a moto tem um acabamento que a destaca.
Contribui para a beleza do conjunto a carenagem dianteira (incorporada ao tanque de combustível). Nela estão embutidos o farol duplo, os piscas, o bagageiro de alumínio e o protetor do motor.
Outro requinte são as duas saídas de escapamento para uma moto com motor monocilíndrico, acomodadas sob o pára-lama traseiro.
Na hora de parar, a moto tem um sistema de freios que deve boa parte da sua eficiência à grande dimensão do disco na roda dianteira.
O câmbio, de cinco velocidades, é suave e de fácil engate, mas exige que o piloto mantenha rotações adequadas para cada marcha.



Texto Anterior: A quem recorrer
Próximo Texto: Lançamento: Fiat Strada ganha cabine estendida
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.