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Sem visibilidade, FJ faz motorista ser visto
Interpretação do modelo feito por 23 anos, Toyota foi desenhado para chamar a atenção até nos detalhes
DO "NEW YORK TIMES"
Perto de Los Angeles, Jonathan Ward e sua mulher, Jamie, têm uma máquina do tempo. A loja deles, a TLC, é onde
os leais fãs do Toyota FJ vão para cuidar de seus jipes cansados. Os Ward voltam o relógio e
deixam os FJ novos outra vez.
Até parece que trabalham para a Toyota, que passou a fazer
uma nova versão do jipe fabricado de 1960 a 1983. Difícil de
ser perdido no estacionamento, na selva ou no topo de uma
montanha, o FJ é uma das criações mais bizarras da Toyota.
O FJ Cruiser segue a escola
retrô do Mini Cooper. Mas, enquanto o Mini parece maior e
mais macio que o original, o FJ
segue a fórmula só na dianteira,
com faróis redondos e grade retangular. A traseira parece a de
um veículo de exploração lunar: coluna larga e portas que se
abrem ao contrário, mas com
janelas que não se mexem.
O interior exibe formatos interessantes em plásticos baratos. O painel abriga bússola,
termômetro e inclinômetro.
Até o subwoofer e seus detalhes
prateados são desenhados para
chamar a atenção.
O FJ Cruiser é equipado com
um motor 4.0 V6 (seis cilindros
em "V") de 239 cavalos. Ele pode ter teto branco e estilo retrô,
mas, sob o capô, é bastante moderno. O controle de estabilidade é de série, e há duas transmissões: automática de cinco
velocidades ou manual de seis.
A maior fraqueza do FJ é sua
visibilidade. Olhando de fora, o
vidro traseiro parece invadir a
lateral, mas só uma parte é
transparente. O estepe na tampa do porta-malas bloqueia a
visão -por sorte, a Toyota inclui o sensor de obstáculos no
pacote de opcionais mais barato. Trazido por importadores
independentes, custa R$ 200
mil no Brasil -nos EUA, parte
de US$ 21.910 (R$ 48 mil).
Passado
O FJ Cruiser é, entre os carros "compráveis", um dos poucos com personalidade. Ainda
que seja um bom 4x4, o FJ tem
no estilo seu ponto forte, mas a
onda retrô já provou que os carros devem se sustentar por si
próprios. A Ford acertou com o
Mustang, mas deixou de produzir o Thunderbird.
A maioria dos carros com design retrô é inspirada em grandes sucessos do passado -o Mini, o Mustang e o Volkswagen
New Beetle. No FJ Cruiser, a
Toyota põe um viés futurista no
passado, e o processo acaba
sendo completamente novo.
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