São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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MÉDIOS

Carro da Chevrolet chega no fim do mês, com motor que roda com gasolina ou álcool e acabamento igual ao da Zafira

Com a mesma cara, Astra vira bicombustível

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A INDAIATUBA (SP)

Eles já somam 94.409 unidades vendidas, ou cerca de 13,5% do mercado. São 11 modelos, e, até o final do mês, mais um bicombustível chega às revendas. Cerca de um mês depois do lançamento da Chevrolet Zafira, é a vez de o Astra ganhar o sistema que permite o uso de álcool, gasolina ou os dois combustíveis misturados.
Não houve alteração estética -a não ser o logotipo "Flexpower" na tampa do porta-malas-, porém o Astra 2005 recebeu os níveis de acabamento que estrearam na Zafira. A boa nova fica por conta do ar-condicionado, agora de série desde a versão Comfort (custa a partir de R$ 40.180). O equipamento já era vendido com 95% dos Astra.
Mudança interna quem mais sofreu foi a Elite, a opção mais cara, disponível para o quatro portas e o sedã e que deve responder por apenas 5% das vendas. Bancos e portas são revestidos de couro, e há apliques de madeira jacarandá no painel e na manopla do câmbio. Além disso, tem airbags laterais e freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição da força de frenagem). O preço começa em R$ 54.510.
Segundo a General Motors, os preços foram mantidos, mas o Astra está mais caro por conta dos itens que foram incorporados. O consumidor deve ficar mesmo com o Astra Elegance, que custa R$ 42.910 com duas portas, R$ 45.710 com quatro e R$ 48.690 com porta-malas saliente.
A pedido dos clientes, o acabamento interior passa a ser na cor preta. Os bancos estão maiores, e, a partir da versão intermediária, o do motorista conta com apoio lombar -no Elite, a regalia também é para o passageiro. Assim como na Zafira, uma seta luminosa no painel indica o melhor momento para trocar a marcha e economizar combustível.

Bolso
Com a missão de aumentar 20% as vendas do líder do segmento -a expectativa é passar de 3.000 para 3.600 carros comercializados por mês-, o Flexpower é a aposta da fábrica para economizar mais que os concorrentes. A vantagem é que o Astra virou, por enquanto, o único da categoria que permite usar álcool.
Pelas contas da GM, há uma economia de R$ 0,08 por quilômetro rodado com o combustível "verde". Para quem roda 12 mil quilômetros anuais, são R$ 1.000. Como o tempo médio de troca é de três anos, o motorista "ganha" R$ 3.000 se tiver um Astra. Fora isso, estima-se que o seguro do Chevrolet seja 40% mais em conta que o do Volkswagen Golf.
De acordo com a montadora, o consumo de combustível foi mantido ou melhorou ligeiramente. Na cidade, com gasolina, o Astra roda 10,0 km/l, média que cai para 7,2 km/l com álcool.
O motor sofreu alterações e ficou mais potente. Ganhou cinco cavalos, passando de 116 cv para 121 cv. Com álcool, foi de 110 cv para 127,6 cv. Ou seja, a aceleração até 100 km/h acontece em 9,8s e 9,1s, respectivamente.

Outras opções
A família Astra conta ainda com outros dois motores, que já existiam na era pré-bicombustível. Irá conviver com o Flexpower o propulsor 1.8 a álcool, destinado principalmente a frotistas e taxistas. Está disponível somente na versão sedã e custa R$ 42.590.
O esportivo GSi continua sendo equipado com o 2.0 16V, de 136 cv e 19,2 kgfm -como na Zafira, o multiválvulas é abastecido só com gasolina. Com novo logotipo, faróis com máscara negra e lanternas fumê, seu preço é R$ 48,8 mil.


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