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São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2003

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SALÃO DE TÓQUIO

Espaço de sobra fica restrito aos protótipos

DO ENVIADO ESPECIAL AO JAPÃO

Enquanto o futuro e a ditadura dos minicarros não chega, as montadoras nipônicas aproveitam para "delirar" no desenho de protótipos para modelos maiores. E os automóveis expostos no salão mostram que, apesar de a preocupação com o espaço ocupado pelo veículo ser posta de lado, a determinação de não agredir o ambiente permanece.
Na soma de quantidade de modelos com força para surpreender visitantes, ninguém bateu a Honda, que apresentou três conceitos dignos de nota. O mais representativo deles é o HSC, esportivo com corpo de alumínio, apelo retrô e um motor V6 (seis cilindros em "V") capaz de produzir mais de 600 cavalos.
Com traços mais futuristas, o conceito Imas tem as suas linhas esportivas revestidas por fibra de carbono em vez de alumínio. Mas o melhor do carro não dá para ver: segundo cálculos da Honda, ele roda mais de 40 km com um litro de gasolina.
Completa o time de craques visuais da montadora o sedã Kiwami. Antevendo os aclives e os preços de combustível que terá de enfrentar, foi concebido com tração integral e é movido a células de hidrogênio.
O mesmo tipo de combustível impulsiona o Mobile Terrace, da Suzuki. O nome do modelo diz tudo. Trata-se de um terraço móvel em forma de van, com três fileiras de bancos, cuja reconfiguração permite, por exemplo, a formação de uma sala com mesa e até seis assentos.
Ou seja, dá para jantar ou jogar War durante a viagem.

Esportivo
Bem menos familiar é o Mazda Roadster Turbo. O design segue linhas clássicas dos esportivos dos anos 50, e o interior é pautado pela sobriedade, o que acaba destoando um pouco da esportividade sugerida pelo modelo.
Outro roadster que toma impulso no passado para pular no futuro é o Subaru B9 Scrambler. Por baixo, ele chama a atenção pelo sistema de suspensão a ar, que aumenta ou diminui a distância do carro em relação ao solo de acordo com o terreno. Por dentro, vale pelo painel, que lembra o desenho de uma asa de avião.
Como se fosse um sofá-cama, o esportivo CS&S, da Toyota, exibe numa primeira olhada apenas dois lugares. Mas, por meio do deslizamento de uma parte da lataria atrás dos ocupantes, mais uma dupla de assentos se revela.
Deixando a esportividade de lado, a Nissan procurou, com o protótipo C-Note, propiciar mais conforto aos ocupantes de um modelo compacto. O efeito é realçado pelo uso farto do bege claro no interior, o que gera um ruído com os traços agudos exibidos do lado de fora.
Evoluir mais do que surpreender. Esse foi o mote que pautou os dois conceitos expostos pela Lexus, subsidiária da Toyota. São eles o LF-S e o LF-X, sedãs grandões feitos para dar um toque moderno a um design que não choca os possíveis compradores desse tipo de veículo.

Aventura
O Salão de Tóquio também reservou alguma emoção para os que gostam de aventura. Entre os fabricantes do outro lado do Atlântico, aquele que arrancou mais "ohs" na capital japonesa foi a Jeep. O responsável pela façanha foi o monovolume Treo. Seu design ousado e futurista procura agradar aos aventureiros que moram na cidade.
Versátil, tem até suporte para duas bicicletas, apesar de ele próprio não ser muito maior que esses veículos. (EDSON FRANCO)


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