DO ENVIADO ESPECIAL

Não é recomendável cantar de galo no quintal alheio. As montadoras "gaijins" procuraram seguir o ditado. Limitaram-se a colocar pela primeira vez diante de olhos puxados modelos que já haviam sido exibidos em salões anteriores, principalmente o de Frankfurt, no mês passado.
A única exceção foi a Mercedes-Benz. Quando se esperava que tivesse queimado seu melhor cartucho (o esportivo SLR McLaren) no salão alemão, a fábrica mostrou que tinha um ás na manga: o conceito F 500 Mind. Além do design inovador, o carro tem aceleração e frenagem eletrônicas e visão noturna -sistema que ilumina escuridões a até 150 m.
Ainda pela esquadra alemã, a BMW levou a Tóquio o novo Série 6, a Audi exibiu o jipão Pikes Peak (que debutou em Detroit, em janeiro) e o esportivo Le Mans, e a Volkswagen embelezou seu estande com o conceito R.
Pelo lado francês, a única estréia mundial é invisível do lado de fora. Trata-se do Citroën C3 Hermès, que teve seu acabamento interior projetado por designers da casa de estilo que batiza o modelo.
No mais, os gauleses tentaram seduzir os japoneses promovendo a estréia asiática de conceitos como o utilitário esportivo Renault Be Bop e o Peugeot 407 Elixir, leitura do substituto do 406.

Itália
Os italianos parecem ter levado pouco a sério o evento asiático. Na maioria, exibiram de maneira desapaixonada modelos com design conhecido. Assim foi na Lamborghini, na Maserati e na Ferrari.
Pior ocorreu na Fiat, que provocou poucas paradas de interessados na frota que a empresa levou a Tóquio: dois Punto e uma Multipla. Isso foi em parte compensado pela vizinha Alfa Romeo, que ostentou orgulhosa os esportivos 8C Competizione e o GT, com design do estúdio Bertone.
Também fez por merecer destaque a Ford, que tirou a cortina de uma versão do Fiesta preparada especialmente para enfrentar intempéries em ralis. (EF)


Texto Anterior: Espaço de sobra fica restrito aos protótipos
Próximo Texto: Motos também incitam designers
Índice