Com desenho inusitado, sedã de luxo da Citroën custa menos que rivais e oferece equipamentos inovadores

Renato Stockler/Folha Imagem

O motor 3.0 V6 gera 215 cv no C6, 2% a mais que no C5; o torque é de 29,6 kgfm a 3.750 rpm

É impossível não notar o C6, sedã de luxo da Citroën que tem a pretensão de brigar com os alemães. O desenho -bem ao estilo ame-o ou odeie-o- é formado por faróis verticais que invadem o capô, portas sem arcos e vidro traseiro côncavo. O interior lembra mais o do C5 do que o do moderno C4.
O C6 mede 4,91 m contra 4,85 m do Mercedes-Benz E 350 e é equipado com o mesmo motor 3.0 V6 (seis cilindros em "V") do C5, mas que foi recalibrado. Aqui são 215 cv (cavalos), 3 cv a mais do que entrega o Audi A6. Mas, enquanto o BMW 530i custa R$ 299 mil, o C6 sai por R$ 230 mil.
Não que sua lista de equipamentos seja pequena. As informações são projetadas no pára-brisa, os faróis são de xenônio e acompanham as curvas, o freio de mão é elétrico, os bancos traseiros podem ser regulados, e um alarme toca caso o motorista troque de faixa sem acionar as setas. A posição do aerofólio muda automaticamente conforme a velocidade.
Também chamam a atenção os porta-trecos nas portas. O formato é de meia-lua, e eles são fechados por uma tampa de madeira que desliza para cima e para baixo. O conforto é completado por um câmbio automático de seis velocidades e opção de trocas manuais.
Assim como nos outros sedãs grandes da Citroën, caso do XM, a suspensão do C6 mereceu cuidado especial dos engenheiros. Ela é ativa e acoplada a um sistema de amortecimento variável. É possível escolher manualmente a rigidez das molas -no modo confortável, o sedã parece deslizar. De fato, é melhor apreciar o C6 de dentro do que de fora.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)