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Mégane faz viagem sem dores
do enviado especial
Sem exageros no que diz respeito
ao conforto, o Renault Mégane
Hatchback venceu corajosamente
os 463 quilômetros que separam
São Paulo de Petrópolis.
Ligeiro na cidade e um tanto ruidoso na estrada, ele revelou seu
maior talento ao encarar com estabilidade os trechos serranos.
Sempre que exigido, o motor falou alto e tornou rápidas e seguras
as ultrapassagens. E a motorização
é um ponto tão marcante no conjunto do carro que ele parece temer a quantidade de cavalos que
abriga sob o capô.
Explico: até a faixa dos 120 km/h,
você sente o carro na ponta dos
dedos, fiel a todos os comandos. A
partir dos 130 km/h, o carro passa
a tremer um pouco. Nada que chegue a comprometer a segurança,
mas leva parte da confiança.
Ao chegar a Petrópolis, um componente do carro chama a atenção
por não se deixar notar. É a suspensão, que suaviza paralelepípedos e enfrenta as mais cruéis lombadas sem deixar o soalho raspar.
Porta-trecos
Alguns detalhes do interior ajudam a chegar ao fim de uma viagem de quase seis horas com boa
parte da disposição inicial, sem
dores lombares e com o desodorante ainda em operação.
Para isso colaboram as inúmeras
possibilidades de regulagem nos
bancos, o desenho do volante e
um ar-condicionado eficiente.
Ausências sentidas são aqueles
porta-trecos infalíveis nos carros
norte-americanos. Isso torna uma
temeridade comprar uma garrafa
de água mineral sem sede suficiente para sorvê-la até a última gota.
Com o vasilhame pela metade, o
acompanhante corre o risco de
viajar segurando ou equilibrando
a garrafa entre as pernas, o que
torna morno o próximo gole.
(EF)
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