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FÉRIAS SOBRE RODAS
Grand Cherokee encarou estrada de terra de Monte Verde (MG) a Joanópolis (SP)
Jipão encurta distância até cachoeira
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
enviada especial a Monte Verde (MG)
Uma estradinha de terra sinuosa
e esburacada, que não consta no
mapa, liga a cidadezinha européia
de Monte Verde (MG), refúgio de
inverno dos paulistanos, dos 154
metros de queda da cachoeira dos
Pretos, em Joanópolis (SP).
Não é o único caminho, mas,
além de ser o mais curto (51,5 km),
foi o escolhido pela Folha por ser o
habitat do jipão Grand Cherokee,
objeto do desejo de 10 entre 10 brasileiros com pretensões de explorar trilhas fora-de-estrada.
Nem é preciso dizer que ele tirou
de letra todos os obstáculos que
vieram pela frente. E foram muitos: lama, buracos, pedras, subidas e descidas íngremes. Melhor:
não deixou de lado a agilidade e o
conforto de um carro urbano.
A paisagem dessa trilha é única:
um tapete verde pontilhado por
araucárias e montanhas cobertas
por uma névoa densa. Vez por outra, o motorista tem de parar para
dar passagem a inusitados "pedestres": galinhas, porcos e vacas.
Três horas
A trilha Monte Verde-Joanópolis
pode ser feita sem problemas com
qualquer carro com tração 4x4
(veja mapa). Sem pressa e com
curtas paradas para fotografar a
paisagem, completa-se o percurso
em aproximadamente três horas.
Não há infra-estrutura entre os
kms 12,4 e 35,7 -os mais bonitos,
por sinal. Em caso de emergência,
os únicos recursos são as fazendas
e as casinhas de colonos. A partir
do km 45,2, bares e restaurantes
aparecem com frequência.
No km 38, o motorista encontra
uma bifurcação: à esquerda, o caminho leva ao escondido hotel
Ponto de Luz, uma espécie de spa
místico; à direita, a uma das maiores quedas-d'água do Estado de
São Paulo: a cachoeira dos Pretos.
O local abriga um restaurante
-bastante popular- e um barzinho abastecido com cervejas, refrigerantes, petiscos e sorvetes.
Também há churrasqueiras espalhadas ao lado do rio que se forma
após os 154 metros de queda.
De Joanópolis, dá para voltar para São Paulo pelas rodovias D. Pedro-Anhanguera ou Fernão Dias.
Pedras
Antes, ainda em Monte Verde,
vale a pena percorrer todos as trilhas que levam às pedras Redonda, Rachada, Chapéu do Bispo e
Selada, que proporcionam visões
fantástica do Vale do Paraíba.
As estradas que dão acesso às trilhas são ruins, e só jipões e picapes
chegam ilesos até o final.
Depois, é perna pra que te quero:
de uma a três horas de caminhada.
No retorno, é quase impossível resistir a um dos restaurantes da região. Ali, o "problema" será escolher entre os pratos das cozinhas
mineira, alemã ou italiana.
Não vá embora sem experimentar a truta com amêndoas do restaurante Bavária, o café colonial
do Myosotis e as prímulas do
Gressoney, todos bem no centro.
Mais afastado fica o Meisser-Holf, o melhor hotel desse pedaço europeu de Minas Gerais. Faz
parte do Roteiro do Charme, uma
seleção de hotéis únicos, e por isso
dispensa maiores comentários.
O quarto é confortável e tem a
indispensável lareira: o termômetro despenca para menos de 0 de
madrugada. Piscina aquecida e hidromassagem ajudam no descanso merecido após tantas trilhas.
Patrícia Trudes da Veiga, editora de Suplementos, viajou em um jipão cedido pela Chrysler.
Onde ficar -
Monte Verde: hotel Meisser-Holf, r. da Pedra, 2, tel. (035)
438-1515. Diárias (mínimo de cinco, em
julho): R$ 145 (casal) e R$ 235 (casal com
dois filhos), com café da manhã.
Joanópolis: hotel Ponto de Luz, estrada
para o Cancan, tel. (011) 7869-9382. Diárias (mínimo de duas): R$ 164 (casal) e R$ 244 (casal com dois filhos), com pensão
completa.
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