São Paulo, domingo, 29 de novembro de 2009

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peças & acessórios

Novo Mille terá desembaçador dianteiro

Em 2010, Fiat vai ser a primeira a lançar o para-brisa aquecido até então exclusivo para carros de luxo

DA REPORTAGEM LOCAL

Lançar um carro inédito com algum acessório inovador é uma velha tática das montadoras para associação dos produtos debutantes. O Chevrolet Monza, por exemplo, chegou em 1983 trazendo o conforto dos vidros elétricos.
Já o futuro compacto da Fiat -virtual sucessor do Mille- quer ser o primeiro nacional a ter para-brisa dianteiro com desembaçador, acessório raro até em carros de luxo.
O projeto 327 (sem nome definido) deve ser lançado no segundo trimestre de 2010.
"Realmente, seria uma boa dupla [o automóvel e o acessório]. Mas ainda estamos estudando a possibilidade", diz Carlos Henrique Ferreira, assessor técnico da Fiat, sem dar detalhes sobre o projeto.
A fabricante de vidros Saint-Gobain, fornecedora da Fiat, confirma apenas que desenvolve um para-brisa com filetes térmicos para desembaçar o vidro, mas não revela o modelo nacional que o usará.
A tecnologia antiembaçante do para-brisa dianteiro é semelhante à dos vidros traseiros. Os fios dissipadores de calor, porém, são verticais e finos como um fio de cabelo. Precisam ser imperceptíveis ao olho do motorista, sem interferir na visibilidade dianteira.
É assim em algumas versões do Mini Cooper, por exemplo, que é importado da Inglaterra.
"No sistema europeu, os filetes que aquecem o vidro estão direcionados para a parte externa, para ajudar a derreter a neve que fica acumulada no vidro durante o inverno", explica Daniel Vimieiro, chefe do departamento de projetos da Saint-Gobain.

Para-brisa acústico
Adaptado ao clima brasileiro, o para-brisa aquecido terá os filetes voltados para a parte interna e ajudará na função de desembaçar, que exige menor carga de energia -os filetes esquentam "só" até 80C.
"O aquecimento do vidro é útil principalmente em carros sem ar-condicionado, equipamento que custa cerca de R$ 2.000", afirma Vimieiro.
A previsão é que o para-brisa aquecido custe pelo menos 30% mais que o laminado comum -hoje na faixa de R$ 300 para modelos "populares".
Fabricantes nacionais de vidros ainda preparam para 2010 o para-brisa acústico, que promete amenizar a passagem de ruído para a cabine.
Na Europa, modelos como o Citroën C3 Picasso já disponibilizam a novidade. E a futura versão brasileira é uma das candidatas a debutar o acessório. (FELIPE NÓBREGA)


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