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peças & acessórios
Novo Mille terá desembaçador dianteiro
Em 2010, Fiat vai ser a primeira a lançar o para-brisa aquecido até então exclusivo para carros de luxo
DA REPORTAGEM LOCAL
Lançar um carro inédito com
algum acessório inovador é
uma velha tática das montadoras para associação dos produtos debutantes. O Chevrolet
Monza, por exemplo, chegou
em 1983 trazendo o conforto
dos vidros elétricos.
Já o futuro compacto da Fiat
-virtual sucessor do Mille-
quer ser o primeiro nacional a
ter para-brisa dianteiro com
desembaçador, acessório raro
até em carros de luxo.
O projeto 327 (sem nome definido) deve ser lançado no segundo trimestre de 2010.
"Realmente, seria uma boa
dupla [o automóvel e o acessório]. Mas ainda estamos estudando a possibilidade", diz Carlos Henrique Ferreira, assessor
técnico da Fiat, sem dar detalhes sobre o projeto.
A fabricante de vidros Saint-Gobain, fornecedora da Fiat,
confirma apenas que desenvolve um para-brisa com filetes
térmicos para desembaçar o vidro, mas não revela o modelo
nacional que o usará.
A tecnologia antiembaçante
do para-brisa dianteiro é semelhante à dos vidros traseiros. Os
fios dissipadores de calor, porém, são verticais e finos como
um fio de cabelo. Precisam ser
imperceptíveis ao olho do motorista, sem interferir na visibilidade dianteira.
É assim em algumas versões
do Mini Cooper, por exemplo,
que é importado da Inglaterra.
"No sistema europeu, os filetes que aquecem o vidro estão
direcionados para a parte externa, para ajudar a derreter a
neve que fica acumulada no vidro durante o inverno", explica
Daniel Vimieiro, chefe do departamento de projetos da
Saint-Gobain.
Para-brisa acústico
Adaptado ao clima brasileiro,
o para-brisa aquecido terá os filetes voltados para a parte interna e ajudará na função de
desembaçar, que exige menor
carga de energia -os filetes esquentam "só" até 80C.
"O aquecimento do vidro é
útil principalmente em carros
sem ar-condicionado, equipamento que custa cerca de
R$ 2.000", afirma Vimieiro.
A previsão é que o para-brisa
aquecido custe pelo menos
30% mais que o laminado comum -hoje na faixa de R$ 300
para modelos "populares".
Fabricantes nacionais de vidros ainda preparam para 2010
o para-brisa acústico, que promete amenizar a passagem de
ruído para a cabine.
Na Europa, modelos como o
Citroën C3 Picasso já disponibilizam a novidade. E a futura
versão brasileira é uma das
candidatas a debutar o acessório.
(FELIPE NÓBREGA)
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