São Paulo, domingo, 29 de novembro de 2009

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IPI baixo ajuda "flex", mas 10 Estados usam gasolina

Incentivo para reduzir emissões não funciona para 18% da frota

DA REPORTAGEM LOCAL

Causou polêmica o anúncio do governo para manter, até março, a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) apenas para os carros "flex", que representam 89% das vendas de novos.
O incentivo, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), é uma forma de "reduzir as emissões de poluentes". Para o governo, os carros a gasolina, mesmo os de baixa cilindrada, não são "verdes". Terão o imposto reajustado em cerca de 4% até o início de janeiro.
No entanto, em 10 dos 26 Estados não compensa abastecer o carro "flex" com álcool. A alta nos últimos meses fez o combustível superar 70% do valor da gasolina -o carro a álcool consome mais e, para compensar, o preço do litro deve estar abaixo desse percentual.
Os bicombustíveis, nesses dez Estados, correspondem a 18% da frota, que hoje atinge 9 milhões de "flex" no país.
As importadoras, que não têm carros com motor "flex", argumentam que também oferecem veículos (a gasolina) com baixa emissão de poluentes, ainda que não divulguem os seus índices.

Importados
O coreano Kia Soul (R$ 52,7 mil), por exemplo, sem o benefício, ficará cerca de R$ 1.800 mais caro na virada do ano.
Para Jörg Henning Dornbusch, presidente da Abeiva (associação dos importadores), a medida impõe aos carros importados com motor até 2.0 perda de competitividade, em benefício dos veículos nacionais. "O Imposto de Importação de 35% já configura uma proteção à indústria local."
Válido até 31 de março de 2010, o congelamento do imposto deve ajudar a indústria nacional a enfrentar o primeiro trimestre do ano, o mais fraco em vendas. (FELIPE NÓBREGA)


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