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IPI baixo ajuda "flex", mas 10 Estados usam gasolina
Incentivo para reduzir emissões não funciona para 18% da frota
DA REPORTAGEM LOCAL
Causou polêmica o anúncio
do governo para manter, até
março, a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) apenas para os carros "flex", que representam
89% das vendas de novos.
O incentivo, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), é uma forma de "reduzir as
emissões de poluentes". Para o
governo, os carros a gasolina,
mesmo os de baixa cilindrada,
não são "verdes". Terão o imposto reajustado em cerca de
4% até o início de janeiro.
No entanto, em 10 dos 26 Estados não compensa abastecer
o carro "flex" com álcool. A alta
nos últimos meses fez o combustível superar 70% do valor
da gasolina -o carro a álcool
consome mais e, para compensar, o preço do litro deve estar
abaixo desse percentual.
Os bicombustíveis, nesses
dez Estados, correspondem a
18% da frota, que hoje atinge
9 milhões de "flex" no país.
As importadoras, que não
têm carros com motor "flex",
argumentam que também oferecem veículos (a gasolina)
com baixa emissão de poluentes, ainda que não divulguem os
seus índices.
Importados
O coreano Kia Soul (R$ 52,7
mil), por exemplo, sem o benefício, ficará cerca de R$ 1.800
mais caro na virada do ano.
Para Jörg Henning Dornbusch, presidente da Abeiva
(associação dos importadores),
a medida impõe aos carros importados com motor até 2.0
perda de competitividade, em
benefício dos veículos nacionais. "O Imposto de Importação de 35% já configura uma
proteção à indústria local."
Válido até 31 de março de
2010, o congelamento do imposto deve ajudar a indústria
nacional a enfrentar o primeiro
trimestre do ano, o mais fraco
em vendas.
(FELIPE NÓBREGA)
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