São Paulo, domingo, 30 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

peças & acessórios

Verniz intacto dá brilho às rodas

Raspar na calçada é porta de entrada para fungos; urina de cachorro também é prejudicial

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Rodas reluzentes e em perfeito estado, em geral, são sinal de veículo novo e de motorista cuidadoso. Mas uma simples raladinha nelas é o começo do fim de toda essa beleza.
O problema é que o verniz, responsável por proteger as rodas, é removido. Mesmo quando isso não ocorre, é quase impossível saber sua durabilidade: nenhuma fabricante de rodas consultada pela Folha soube precisar sua vida útil.
Para Sidney Martim, supervisor de exportação da Mangels, o importante é evitar a primeira ralada na calçada. "Isso abre ranhuras no verniz, o que permite a entrada de fungos, por exemplo. Então, a roda começa a ficar opaca e perde seu brilho." Outra conseqüência é o aparecimento de manchas esbranquiçadas.
Além da missão quase impossível de nunca ralar as rodas do carro, não há muito o que fazer quando a pintura já estiver deixando a desejar.
"Como o verniz acrílico já é incorporado ao processo de pintura, não dá para repassar apenas ele. O jeito é mesmo mandar repintar", explica Fabiano José Tobias, da área de acabamento da Alujet.
A empresa não oferece esse serviço ao consumidor final. A dica de Tobias é "procurar uma oficina de confiança para executar o serviço".
Para tanto, podem-se gastar de R$ 160 a R$ 600 para repintar quatro rodas de aro 13 -o preço depende do veículo. O valor não inclui possíveis consertos por amassados.
Mesmo sendo impossível manter o verniz intacto, há cuidados a serem tomados para evitar seu desgaste precoce. Água, sabão neutro e flanela são as melhores armas para manter limpas (e até brilhando) rodas já danificadas.

Melhor amigo
Outra estratégia é manter cachorros longe do carro -afinal, quem não sente um frio na barriga ao ver aquela pata levantada em direção à roda?
Luiz Henrique Machado, professor doutor de medicina veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista), explica o comportamento inconveniente: "Assim, o cachorro coloca sua marca naquele carro, mas não tem nada a ver com a roda em si. É apenas por ser um lugar que o animal cheira e alcança com a urina. Se ele chegasse ao capô, faria o mesmo".
Os fabricantes costumam dizer que a urina canina é "muito ácida" e, portanto, prejudicial às rodas. Machado contesta: "Na verdade, o problema maior não é a acidez, e sim o contato diário com a roda".
A gerente de qualidade da TSW, Daniela Pilato, concorda em parte com o professor. "Se houver verniz protetor intacto, a urina canina realmente não danificará a roda."
Quem quiser se prevenir ainda mais poderá optar pelo Pet Toalete, um "tapete" que a Pet Mais acaba de lançar. Ele pode ser fixado às rodas com abas para que o animal não o arranque. O produto está à venda em pet shops, e a embalagem com sete unidades custa R$ 15.


Texto Anterior: Sem ousadia de Civic, Corolla fica mais caro
Próximo Texto: Mantenha o brilho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.