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peças & acessórios
Verniz intacto dá brilho às rodas
Raspar na calçada é porta de entrada para fungos; urina de cachorro também é prejudicial
MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Rodas reluzentes e em perfeito estado, em geral, são sinal
de veículo novo e de motorista
cuidadoso. Mas uma simples
raladinha nelas é o começo do
fim de toda essa beleza.
O problema é que o verniz,
responsável por proteger as rodas, é removido. Mesmo quando isso não ocorre, é quase impossível saber sua durabilidade: nenhuma fabricante de rodas consultada pela Folha soube precisar sua vida útil.
Para Sidney Martim, supervisor de exportação da Mangels, o importante é evitar a
primeira ralada na calçada. "Isso abre ranhuras no verniz, o
que permite a entrada de fungos, por exemplo. Então, a roda
começa a ficar opaca e perde
seu brilho." Outra conseqüência é o aparecimento de manchas esbranquiçadas.
Além da missão quase impossível de nunca ralar as rodas do carro, não há muito o
que fazer quando a pintura já
estiver deixando a desejar.
"Como o verniz acrílico já é
incorporado ao processo de
pintura, não dá para repassar
apenas ele. O jeito é mesmo
mandar repintar", explica Fabiano José Tobias, da área de
acabamento da Alujet.
A empresa não oferece esse
serviço ao consumidor final. A
dica de Tobias é "procurar uma
oficina de confiança para executar o serviço".
Para tanto, podem-se gastar
de R$ 160 a R$ 600 para repintar quatro rodas de aro 13 -o
preço depende do veículo. O
valor não inclui possíveis consertos por amassados.
Mesmo sendo impossível
manter o verniz intacto, há cuidados a serem tomados para
evitar seu desgaste precoce.
Água, sabão neutro e flanela
são as melhores armas para
manter limpas (e até brilhando) rodas já danificadas.
Melhor amigo
Outra estratégia é manter cachorros longe do carro -afinal,
quem não sente um frio na barriga ao ver aquela pata levantada em direção à roda?
Luiz Henrique Machado,
professor doutor de medicina
veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista), explica o comportamento inconveniente: "Assim, o cachorro
coloca sua marca naquele carro, mas não tem nada a ver com
a roda em si. É apenas por ser
um lugar que o animal cheira e
alcança com a urina. Se ele chegasse ao capô, faria o mesmo".
Os fabricantes costumam dizer que a urina canina é "muito
ácida" e, portanto, prejudicial
às rodas. Machado contesta:
"Na verdade, o problema maior
não é a acidez, e sim o contato
diário com a roda".
A gerente de qualidade da
TSW, Daniela Pilato, concorda
em parte com o professor. "Se
houver verniz protetor intacto,
a urina canina realmente não
danificará a roda."
Quem quiser se prevenir ainda mais poderá optar pelo Pet
Toalete, um "tapete" que a Pet
Mais acaba de lançar. Ele pode
ser fixado às rodas com abas
para que o animal não o arranque. O produto está à venda em
pet shops, e a embalagem com
sete unidades custa R$ 15.
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