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Lançado em 2000 na Europa, só agora o Alfa Romeo 147 começa a ser importado da Itália para o Brasil. Seu grande atrativo é a transmissão Selespeed. "É um câmbio manual robotizado, que permite uma condução divertida", afirma Renato Saglimbeni, diretor de produto da empresa.
A diversão é poder trocar as marchas por meio de borboletas que ficam atrás do volante, no mesmo sistema usado pelos carros da Fórmula 1. Outra opção é trocá-las na própria alavanca, e o Selespeed se transforma, ainda, em um automático convencional.
Se o motorista se empolgar e esquecer de tirar o pé do acelerador, o motor "corta" para, então, entrar a marcha certa, o que provoca um tranco. Ao parar o carro, a primeira marcha engata sozinha.
"No Brasil, só o 147 e a Ferrari 360 Modena têm esse câmbio", gaba-se Saglimbeni. Por isso a decisão de não importar o manual: a Alfa Romeo não queria nenhum concorrente nacional (leia-se Audi A3) em seu horizonte.
Completa o entretenimento o motor 2.0 16V Twin Spark (com duas velas por cilindro), de 148 cv (cavalos) de potência e 18,3 kgfm de torque (força). Segundo dados da fábrica, o 147 acelera de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos.
Na estrada, impressiona a estabilidade do modelo. Mesmo assim, o novo hatchback (sem porta-malas saliente) traz o VDC (Vehicle Dinamic Control). Esse sistema entra em ação quando o carro estiver muito próximo dos limites da aderência, corrigindo excessos ou falhas do motorista.
Sentado no banco de couro anatômico, o condutor -e só ele- vê os três grandes marcadores redondos sobrepostos. Ali estão velocímetro e conta-giros, além do marcador de combustível e o indicador da marcha.

Visual caro
As linhas do capô do novo modelo foram inspiradas no Grand Coupé 6C 2.500 Villa d'Este, de 1949. Os faróis misturam elementos circulares e retangulares -as setas na lateral do veículo seguem o mesmo desenho.
O 147 traz o sistema de som Bose, famoso por sua ótima qualidade. No Brasil, ele ficou conhecido por equipar os carros da Audi. A Alfa Romeo também adotou o ar-condicionado com controle automático de temperatura e graduação independente para o motorista e o passageiro.
O carro custa US$ 35,4 mil, um empecilho nestes tempos em que a cotação da moeda vem batendo recordes. Se estivesse a R$ 2,80, o modelo sairia por R$ 99.120. A empresa, no entanto, afirma que não está preocupada em quantidade, mas em oferecer um bom produto. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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