São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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Na ponta do lápis

Especialistas em finanças são unânimes: a melhor saída é comprar à vista

Planejamento evita carnês

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não há milagre. Para quem não vem de berço nobre, o planejamento é o melhor aliado para que as expectativas em relação ao tão esperado primeiro carro não virem uma grande frustração. E a forma de pagamento é a primeira escolha importante.
Para os especialistas em finanças pessoais, a resposta é unânime: é melhor poupar para pagar à vista. "A melhor e mais interessante alternativa é guardar os recursos ao longo do tempo, em uma carteira diversificada de aplicações, e adquirir o bem à vista", recomenda Francisco Carvalho, da Refran Consultoria Financeira.
"Os custos dos empréstimos são muito elevados", afirma Fábio Colombo, consultor da Money Maker Investiment Advisory. Carvalho sugere que o dinheiro seja poupado separadamente. "Isso é necessário para o pagamento da escola do filho, para a compra do carro, para a compra de um imóvel e assim por diante", diz.
Também é importante diversificar a carteira em fundos de ações, de renda fixa e em fundos mistos. No caso do investimento em ações, é preciso um estudo minucioso para aplicar em empresas que pagam bons dividendos.
"As boas ações tendem a render bem ao longo do tempo", avalia Carvalho. Ele aconselha papéis de primeira linha, como os da Companhia Vale do Rio Doce, da Petrobras, da Gerdau e de bancos.
O especialista desaconselha os investimentos em poupança. "Nos últimos cinco anos, o desempenho da poupança foi bastante inferior ao do CDI [Certificado de Depósito Interbancário", ao dólar e a algumas ações de primeira linha", compara.

Matemática
O consultor da Money Maker Investiment Advisory ensina a pesquisar o valor do carro pretendido, dividir pelo prazo de pagamento e então guardar esse valor todos os meses. "Se o consumidor consegue pagar uma prestação, por que não guardar a quantia?"
Ele sugere ainda os fundos DI como aplicação. "Ainda são os investimentos mais interessantes. Os problemas recentes que aconteceram com eles são pontuais", analisa. Colombo se refere à queda de rendimentos de alguns fundos de investimento que não estavam cumprindo determinação do BC (Banco Central) de contabilizar pela variação diária, e não pelo preço de compra.
Por fim, o consultor recomenda, entretanto, que sejam pesquisados fundos com taxas de administração baixas, de cerca de 1,5% ao ano, e verificar ainda se não é cobrada taxa de performance. "Se o comprador precisar partir para um financiamento, é melhor pesquisar bastante as taxas das montadoras, que são mais baixas", afirma Colombo. (VO)



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