São Paulo, domingo, 30 de julho de 2000 |
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Em dez anos, potência dos carros 1.0 aumentou 131%, e o preço chega a quase R$ 34 mil; oferta de modelos também evoluiu, com 21 opções à venda, fora as versões de acabamento Os 'populares' não mais aqueles
GLENDA PEREIRA DA REPORTAGEM LOCAL Ele nasceu fraco, "pelado" e bem mais barato. Dez anos depois, o "popular" -que no Brasil se tornou sinônimo de carro com motor 1.0- chega a ter potência de um 2.0, itens sofisticados e preço que ultrapassa os R$ 33 mil. Desde o Fiat Uno Mille, em 90, o primeiro "mil" do país, a potência desses carrinhos aumentou 131%. Saltou dos 48,5 cv (cavalos) para os 112 cv do Gol 1.0 16V Turbo (veja teste na pág. E11). E a participação no mercado, que começou tímida (4,3%), também não parou de crescer. Hoje os carros 1.0 representam 69% das vendas de automóveis no país. O pontapé para o boom dos "populares" foi dado em 1993, quando o governo baixou a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros 1.0 ou refrigerados a ar para 0,1%. Com a retomada da produção do Fusca -a pedido do então presidente Itamar Franco-, o "popular" proliferou no país. Em 1994, a participação dos 1.0 já era de 45,9%. Eles trouxeram para o mercado aquele consumidor que nem sequer sonhava com um carro zero-quilômetro. A potência ainda estava na casa dos 50 cv, mas era o preço baixo que atraía os consumidores. E é assim até hoje. O preço (leia-se o benefício fiscal) é o principal aliado do carro 1.0. Depois de muitas idas e vindas, seu IPI é de 10% -os outros modelos pagam 25%. Com a desvalorização do real, o 1.0 hoje custa menos que em 94. Mas isso não quer dizer que seu preço caiu. A VW Parati 1.0 16V Turbo chega a custar R$ 33.941. Próximo Texto: Gol 1.0 Turbo supera 1.6 em desempenho Índice |
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