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Aluguel funciona em SP, mas...
...o problema é que a cidade tem só 10,5km de ciclovias
MALU TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL
A opção para quem não tem
bicicleta é alugar ou pegar uma
emprestada. Em São Paulo, o
projeto Use Bike, que funciona
há um ano, tem serviço de empréstimo e estacionamento em
24 pontos, 15 deles em estações
de metrô. No teste feito pela reportagem, o sistema foi aprovado. O problema é conseguir pedalar numa cidade que só tem
10,5 km de ciclovias.
O cadastro e o empréstimo
são feitos rapidamente. É preciso levar documento com foto,
informar CPF e endereço. Um
cartão de crédito serve para as
horas excedentes (a primeira é
grátis. Depois, custa R$ 2 a cada
hora). Um funcionário de plantão (das 8h às 22h) entrega a bicicleta com 21 marchas da Sundown, capacete e um cadeado.
A dica de outros ciclistas, para quem não quer se arriscar
nas ruas movimentadas, é ir pela calçada, atropelando o código de trânsito, mas tomando
cuidado com os pedestres. "Pelo rigor do lei, não é correto. Assim como não é correto os veículos não respeitarem a lei, segundo a qual eles devem passar
a 1,5 m das bicicletas. É uma
questão de sobrevivência do ciclista", diz Ismael Caetano, da
ONG Parada Vital, que implantou o Use Bike.
O sistema, criado como alternativa de transporte diário, é
usado muito mais para lazer.
Nos finais de semana de sol, o
número de empréstimos quase
triplica. Aí, em alguns pontos,
como os da Paulista, é preciso
chegar cedo para pegar a sua, se
não quiser esperar pelo caminhão que repõe as magrelas.
No Rio, é o oposto. O sistema
Samba (Solução Alternativa
para Mobilidade por Bicicletas
de Aluguel) tem bikes disponíveis na orla e em metrôs de Copacabana, mas pouca gente disposta a usá-las. O preço do aluguel não atrai. O passe mais barato custa R$ 10. Se o usuário ficar mais de meia hora com a
mesma bicicleta, paga mais
R$ 3 por hora. Além disso, o cadastro é feito só pela internet.
Há uma promessa de simplificar o sistema, permitindo que
as pessoas usem o vale-transporte. Mas esse ainda é um projeto, que está só no papel, segundo a própria empresa Serttel, responsável pelo Samba.
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