Itens colecionáveis são atração em loja de brinquedos de SP

No porão, marmanjos encenam lutas de sabre de luz; os dependentes de "Star Wars" são o filé da clientela

TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até há pouco, a Coleciona Brinquedos era uma loja de crianças. Nos últimos tempos, porém, foi tomada por um público que, apesar de em muitos casos ainda usar calças curtas, já passou da idade de brincar de baldinho na praia. Ele veio atrás de algo que a loja sempre teve, mas agora virou especialidade: bonecos e itens colecionáveis relativos a personagens de desenhos animados, games, filmes, séries, tudo. Até da vida real; nem os Ramones e o Kurt Cobain escapam.
Em adultos, a mania de querer possuir algo de um personagem adorado tem um pé no infantilóide. Mas também é um jeito de cultuar criações que muito fizeram para animar nossa existência. Na Coleciona, tropeça-se em várias dessas criações geniais. Lorde Farquaad, o príncipe tampinha de "Shrek"; a Noiva Cadáver de Tim Burton; Gogo Yubari, a ninja colegial de "Kill Bill"; e a geleca Bob, de "Monstros vs. Alienígenas".
Não faltam monstros e heróis tampouco para fãs de "Tomb Raider", "Harry Potter", Pokémon, Sonic, mais games e séries dos quais jamais ouvira falar. Os bonecos ocupam, além do térreo da loja, um porão inteiro-onde, de resto, um bando de marmanjos costuma se reunir aos sábados para encenar lutas de sabre de luz.
Os dependentes de "Star Wars", sempre uma febre, são o filé mignon da clientela, a vendedora entrega; para eles, há até um capacete do exército dos clones cotado em R$ 1.700.
Com muito estúdio gigante para pagar "copyright", a oferta tende ao caro. Mas mesmo quem não acredita em torrar qualquer dinheiro sério em memorabilia consegue ser feliz lá. Por R$ 17, por exemplo, adquiri um Jay Jay, o Jatinho, aviãozinho com cara de gente de um programa da Discovery Kids que, há alguns anos, era mais conhecido aqui em casa como Jay Jay, o Chatinho -mas de quem, confesso, tenho saudades.