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Cerâmica popular típica do Vale do Jequitinhonha

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O artesanato tradicional do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, é reconhecido internacionalmente. Uma das principais características das famosas peças de cerâmica feitas na região é o seu processo de pintura. Os artesãos locais não usam tinta industrial, mas pigmentos naturais extraídos das folhas de maracujá e de limão e do próprio barro do Vale, inclusive o barro branco.
As bonecas de cerâmica ganharam fama em 2004, quando a artesã Isabel Mendes da Cunha, hoje com 84 anos, recebeu o prêmio Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) de artesanato por uma de suas criações. A boneca está no acervo da Unesco.
Cada vez mais valorizada, uma boneca de cerâmica do Vale já pode ser negociada por mais de R$ 5.000, dependendo do artesão. Em média, um modelo grande, de 90 cm de altura, custa entre R$ 800 e R$ 1.500 na loja da ONG Mãos de Minas, em Belo Horizonte.
A ONG, que tem showrooms em Nova York e na Europa, trabalha com associações de artesãos do Jequitinhonha, região classificada entre os piores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do país.
Agora, a entidade se prepara para exportar as peças, depois de ter resolvido as dificuldades de embalagem que impediam o envio das bonecas para o exterior. Dentro de 60 dias, a ONG Mãos de Minas deve começar a vender as peças em loja virtual (www.maosdeminas.org.br)


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