São Paulo, sábado, 10 de outubro de 2009

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MENINO E MENINA

Muito além da bola e da boneca

Brinquedo legal de verdade não precisa mais ter gênero definido

DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nas lojas de brinquedo, a divisão entre o que é "de menina" e o que é "de menino" é bem clara. Para elas, tudo é rosa, das embalagens às roupas de boneca. Para eles, bonecos de ação e tudo que estimule a competição e a agressividade.
E o que acontece quando um menino se interessa por um brinquedo de menina, ou vice-versa? "A criança fica sem o brinquedo, porque não existe, por exemplo, tábua de passar roupa que não seja cor-de-rosa", diz Daniela Auad, professora de sociologia da educação da Unifesp. "Nenhum problema em imitar os afazeres dos adultos. Mas os brinquedos são elementos de reprodução dos papéis feminino e masculino. Então, porque delegar só à mulher o uso do fogãozinho, quando homens também cozinham?"
"A indústria nacional evita a caracterização de gêneros", diz Synésio Barbosa, presidente da Abrinq. Mas isso não vale para os itens importados, caso da tábua de passar. "A Abrinq está em constante negociação com essas indústrias para coibir esse tipo de situação", diz.
Para Daniela, brinquedo legal é o que serve para os dois sexos. "Já que o brincar treina para o mundo adulto, que treine também para a igualdade".


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