Megaloja não é a Ceagesp, mas preços são bem razoáveis

TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Tatuapé Garden é uma versão revista e ampliada daquelas granjas urbanas que vendem plantas. Além de esquemão de supermercado, com carrinhos e caixas, a loja agrega ao negócio central toda sorte de complemento: equipamento de jardinagem, adubos, enfeites para jardim, luminárias, móveis para áreas externas. A matriz, grandona, fica na zona leste; a filial, na avenida dos Bandeirantes, é maior ainda e atende pelo nome meio metido a besta de Garden Sul.
Quem optar pelo segundo endereço e for diretamente ao assunto, ou seja, as plantas, tende a ficar bem impressionado. Alentada e diversa, a oferta inclui folhagens ornamentais, árvores frutíferas, trepadeiras, cactos e ervas, além de um inusitado setor de hortaliças, com mudas de alface frisê e rúcula baby. Devem ser para você plantar na banheira quando o negócio apertar.
Uma das melhores partes são os corredores de vasos de flor baratinhos, desses que estão virando instituição em sacolões e supermercados. O bônus, aqui, são as espécies um pouco menos comuns, como a agerato, roxinha, e exemplares mais bonitos que a média de flores carne-de-vaca, como as begônias.
Com orquídeas a partir de R$ 18 e mudas a partir de R$ 3, os preços não são de Ceagesp, mas também não chegam a exagerar. Em geral, a diferença compensa o fato de, aqui, você não ter que acordar às 6h e enfrentar os perrengues de lá, como falta de vagas e carregadores que passam atropelando.
Se, nas plantas, o Garden oferece o trivial com alguns achados, o setor dos "secos" exalta a tendência para o mau gosto de amargar que assola os jardins paulistanos. Para achar algo de usável, como luvas, tesouras de poda ou um vaso que não tenha acabamento vitrificado, é preciso atravessar um mar de anões, cogumelos, sapos, joaninhas simpáticas, porquinhos mimosos e banheiras para pássaros. Nessa temporada, acrescidos por renas cobertas de lantejoulas e papais noéis que parecem colapsar de calor dentro daquele veludo todo.