CAPA

ABERTURA Joseph Beuys - A Revolução Somos Nós

Engajamento político e ecológico marca mostra

Gustavo Fioratti

Uma cor forte de terra vermelha pincela quase toda a obra de Joseph Beuys (1921-1986), um dos maiores artistas alemães do século passado, que ganha mostra no Sesc Pompeia.

A opção cromática, que aparece às vezes em detalhes, ou ao fundo de um trabalho inteiro, funciona quase como a síntese de uma ideia.

Nos pôsteres, nos objetos e nas ações de Beuys, há sempre a intenção explícita de uma conclamação política. "Essa é a cor que o sangue tem quando ele seca", lembra um dos curadores, o italiano Antonio d'Avossa.

O subtítulo da exposição, "A Revolução Somos Nós", também aponta o desejo de conscientização -"individual e coletiva", lembra d'Avossa. Ele organizou a mostra em parceria com Solange Farkas, presidente da associação VideoBrasil.

A frase é do próprio Beuys e representa uma fase de intenso engajamento político e ecológico, potencializado por um dos suportes mais usados pelo artista: a exposição traz 200 pôsteres de uma coleção particular.

Também têm boa representação de objetos e de registros documentais das ações do artista. Quatro ambientes foram projetados especialmente para os registros em vídeo, que chegam a somar mais de 12 horas de trabalho.

Sesc Pompeia - r. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, tel. 3871-7700. Ter. a sáb.: 10h às 21h. Dom.: 10h às 20h. Até 28/11. Livre. i