CINEMA

MOSTRA 4 ª Jornada Brasileira de Cinema Silencioso

Evento traz raridades do Instituto Sueco de Cinema

Cássio Starling Carlos

Silencioso, mudo e até de surdo já o chamaram. Independente do nome, o fato é que os filmes feitos antes do som vêm atraindo todo mês de agosto um público cada vez maior para o mais sofisticado e provavelmente melhor evento de cinema realizado na cidade, a Jornada Brasileira de Cinema Silencioso.

Em sua 4ª edição, de hoje até o dia 15, a mostra traz para os espaços da Cinemateca um belo conjunto de produções resgatadas do esquecimento. Neste ano, nomes de estrelas como Asta Nielsen, Greta Garbo, Mary Pickford e Douglas Fairbanks se misturam aos de realizadores míticos: Mauritz Stiller, Victor Sjöström, Frank Borzage e Raoul Walsh.

Muitas sessões contam com o atrativo extra de acompanhamento musical com curadoria de Livio Tragtenberg e executado por um timaço de instrumentistas.

Além de dezenas de tesouros oriundos do Instituto Sueco de Cinema e do Festival de Pordenone, na Itália, a Jornada exibe "Wara Wara", uma raríssima ficção boliviana de 1930, e três produções do cinema paulista dos anos 1920 que têm o trem como tema.

Como esquecimento aqui é palavra abolida, o evento festeja os 80 anos da Cinédia, estúdio de cinema pioneiro no Brasil, com a exibição de "Lábios sem Beijos", de Humberto Mauro.

Não recomendado para menores de 14 anos.