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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 12 A 18 FEVEREIRO DE 2010

 

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CINEMA

A Fita Branca

Haneke expõe toda forma de inocência

Cássio Starling Carlos

Depois de abocanhar a Palma de Ouro em Cannes e um Globo de Ouro, "A Fita Branca" chega ao circuito também como o favorito na disputa de filme estrangeiro no Oscar, além de outra indicação, como melhor fotografia.

O austríaco Michael Haneke retoma os temas da culpabilidade, do impulso da violência e da atração pela morte, presentes desde seus primeiros filmes. Desta vez, o foco dirige-se a uma aldeia alemã às vésperas da Primeira Guerra, onde agressões trazem à tona o comportamento hostil de seus habitantes.

A beleza das imagens em preto e branco, inspiradas na luz de mestres da pintura nórdica, torna ainda mais incômoda a crueldade que contamina cada gesto e olhar da comunidade, expressão de violências que o rigor religioso e a moral reproduzem e amplificam.

"A Fita Branca" não se resume a ser, como muito se falou, uma demonstração da gênese do mal que desembocaria na barbárie nazista. Haneke está mais interessado em expor a inocência, toda forma de inocência, a um duelo com a verdade. Neste confronto, o branco deixa de ser signo imaculado e se torna pura opacidade, símbolo que mais esconde do que revela.

Não recomendado para menores de 16 anos.

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