CINEMA

CRÍTICA Baaria, a Porta do Vento

Diretor italiano carrega no melodrama em saga familiar

Alessandro Giannini

Saga familiar que percorre a história italiana durante e depois da passagem do fascismo pelo país, "Baaria, a Porta do Vento" centra foco em uma família siciliana, os Torrenuova, para falar de coisas universais: a memória, a experiência, o sofrimento e a superação.

Ambientado na Sicília dos anos 1940 e falado em dialeto, o filme carrega forte nas tintas melodramáticas, o que não chega a ser estranho no cinema de Giuseppe Tornatore, de "Cinema Paradiso".

A grande questão aqui está em dar peso ao melodrama por meio da questão política das ideologias nacional-socialistas e comunistas na primeira metade do século 20. Ao misturar seu gênero de eleição com questões históricas, Tornatore pisa em terreno perigoso, já percorrido por cineastas do porte de Bernardo Bertolucci ("1900") com muito mais sabedoria e versatilidade.

Não recomendado para menores de 14 anos.