CINEMA

Indie 2009

Festival consolida relevância com raridades

Cássio Starling Carlos

Em seu terceiro ano em São Paulo, o Indie 2009 consolida uma relevância que já não escapa a mais ninguém interessado na estética contemporânea do cinema e de suas transversais.

Desta vez, a data do evento evitou a ressaca cinéfila provocada pela Mostra Internacional de Cinema em outubro, o que garante a degustação tranquila de raridades até o dia 24 no Cinesesc, com entrada franca.

Os programas inevitáveis são as retrospectivas completas de três autores que já se tornaram essenciais no "circuito A" dos festivais.

A japonesa Naomi Kawase acumula prêmios em Cannes e mundo afora com sua mescla de documentário memorialístico e cinema físico. A busca de uma epifania pela imagem, que assombrou quem teve a chance de ver o seu "A Floresta dos Lamentos", reaparece sob outras nuances em todos os seus trabalhos, com destaque para os sublimes "Hotaru" e "Shara".

O filipino Brillante Mendoza conquistou o prêmio de direção em Cannes neste ano, apareceu de surpresa na competição de Veneza na semana passada e estará presente em SP, onde, além de mostrar seus "filmes-choque", conversa com o público amanhã (dia 19), às 11h, com mediação do crítico Ricardo Calil.

O francês Philippe Grandrieux completa o trio de cineastas sensoriais com trabalhos que ultrapassam o cinema, abrindo-se à experimentação narrativa e figurativa oriundas de outros suportes da arte contemporânea.