Índice O ROTEIRO MAIS COMPLETO
DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 23 A 29 DE MARÇO DE 2007

 

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CINEMA

Número 23

Personagem e roteiro caem na mesma armadilha

Sérgio Rizzo

Uma aura de mistério cabalístico envolve "Número 23". Para o protagonista, um policial encarregado de perseguir animais (Jim Carrey), o pesadelo começa em um certo 23 de dezembro, quando recusa uma cantada em uma festa de final de ano e, assim, cria o que lhe parece uma incontrolável reação em cadeia.

Graças a ela, cairá em suas mãos um romance obscuro de autor desconhecido, cujo narrador (um detetive) se torna obcecado pela presença do número 23 em sua vida. O problema é que o policial passa a acreditar que a trama do livro se refere a ele, conectando ficção e realidade.

Embora a idéia forneça bom ponto de partida para um suspense psicológico, o desenvolvimento da história se torna refém do que seria o seu trunfo: a obsessão com o 23 não é só do personagem, mas do próprio roteiro (assinado pelo estreante Fernley Phillips), em involuntária paródia de si mesmo. Qualquer coisa tem a ver com o número, como em merchandising de operadora de telefonia.

"Você não pode estar falando sério", diz a mulher do protagonista (Virginia Madsen) diante de um de seus surtos cabalísticos. O diretor Joel Schumacher (com quem Carrey já havia trabalhado em "Batman Eternamente") merecia ouvir a mesma frase.
Capa

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