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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2009

 

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CINEMA

Coco Antes de Chanel

Na tela, como um nome virou império

Vivian Whiteman

Gabrielle "Coco" Chanel foi uma das mulheres mais influentes de seu tempo. E sua importância histórica foi muito além de terninhos de "tweed", perfumes e colares de pérolas: a designer foi amante de grandes empresários, um duque, políticos de destaque e um oficial do alto escalão nazista.

Infelizmente, nada disso está em "Coco Antes de Chanel", cinebiografia da estilista que estreia hoje nos cinemas.

O filme de Anne Fontaine se concentra na formação do império Chanel, acompanhando Coco (apelido que ganhou quando trabalhava como cantora num cabaré) de sua infância miserável até o sucesso de sua "maison". Mesmo optando por esse período, Anne poderia ter ido muito mais fundo.

A importância dos amantes de Chanel é subvalorizada e fica quase restrita ao investimento de seu amante inglês Boy Capel. Coco é mostrada como uma "self-made woman" levemente impertinente e, após a morte de Capel, como uma viuvinha trabalhadora.

Os fundamentos criativos do trabalho da estilista passam praticamente em branco, a vida amorosa é simplificada e pasteurizada, e Chanel, de mulher complexa, durona e polêmica, é transformada numa pé-rapada atrevidinha que deu alguma sorte na vida.

Não recomendado para menores de 14 anos.

Fique de olho

No desfile do final do filme, montado com looks originais escolhidos por Karl Lagerfeld no acervo da Chanel

Na cena em que ela passeia pela praia com seu amante, quando descobre as camisetas listradas dos pescadores e resolve copiá-las: a gênese do "navy" moderno

Capa

Cinema

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