CRIANÇA

O Armário Mágico

Dupla encena passagem da infância para a adolescência

Gabriela Romeu

No espetáculo "O Armário Mágico", da cia. O Grito, em cartaz no Centro Cultural São Paulo, é no entra-e-sai de um guarda-roupa que um menino e uma menina marcam a passagem da infância para a adolescência, aquela fase em que se "é um pouco criança e um pouco não é mais" (como define um dos personagens).

A dupla de atores -Alessandro Hernandez (Tim) e Léia Rapozo (Malú), dirigidos por Roberto Morettho- equilibra bem em seu gestual as angústias do futuro, os medos das mudanças e os (des)acertos familiares.

Tim vive a solidão da ausência de pais músicos. Careca, Malú carrega o trauma de uma doença. É a música que une os dois mundos.

Eles contracenam com bonecos, que nem sempre entram em cena na hora certa. No palco, a cenografia econômica (o tal armário, bem cuidado em todos os adereços) de Silvana Marcondes é funcional para marcar as passagens mágicas, que também poderiam ser mais comedidas para acentuar mais a viagem interior que é a pré-adolescência.

Avaliação: bom.

Indicação do Guia : a partir de 7 anos.

Centro Cultural São Paulo - sala Paulo Emílio Salles Gomes - r. Vergueiro, 1.000, Liberdade, região central, tel. 3397-4002. 110 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 1º/3. 60 min. Não recomendado para menores de 5 anos. Ingr.: R$ 10. a d i