Índice O ROTEIRO MAIS COMPLETO
DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 23 A 29 DE MARÇO DE 2007

 

fale com o guia @

ESPECIAL

Especial-Concertos e Dança

Como seria a vida sem a Sala São Paulo?

Irineu Franco Perpetuo

A Sala São Paulo já está tão consolidada na vida musical da cidade que é difícil acreditar que, durante décadas, tivemos concertos de altíssimo nível fora dela. Basta lembrar as memoráveis apresentações no Municipal da melhor orquestra do planeta, a Filarmônica de Berlim, em 2000.

A Osesp existiria sem a Sala São Paulo? Bem, antes dela a orquestra não só existia como já havia iniciado seu processo de renovação com o maestro John Neschling e, fugindo do “mico” chamado Memorial da América Latina, tocava no teatro São Pedro, de arquitetura charmosa e boa acústica. Seria um problema hoje, contudo, acomodar nos 646 lugares do teatro inaugurado em 1917 os 11 mil assinantes da Osesp, que lotam as três récitas semanais que a sinfônica faz na sala de 1.484 lugares.

O fato é que o São Pedro e o Municipal são teatros adequados, antes de tudo, para a ópera, que realmente dominava o gosto musical da cidade no tempo da construção destas casas, na década de 10 do século 20.

As preferências musicais mudaram, como mostra a decisão de investir alto em um equipamento para sediar uma orquestra sinfônica, e a Sala São Paulo virou, como a Osesp, paradigma: hoje, orquestras que pretendem dar um salto de qualidade, como a OSB, no Rio, e a Ospa, em Porto Alegre, também falam em construir uma sede própria.

Dá para dizer, então, que a Paulicéia já conseguiu “se virar” na ausência da Sala São Paulo, mas seu freqüentador de concertos não consegue mais se imaginar sem ela.”

“Aquela dos vasos”

A cia. carioca Deborah Colker redefiniu os parâmetros da dança contemporânea desde sua primeira coreografia, “Vulcão”, em 1994. Com “Velox”, de 1995, os críticos que torciam o nariz para o espetáculo físico proposto pelo grupo começaram a dar o braço a torcer. Mas foi o uso de objetos no palco que ajudou a consolidar a identidade do grupo e a fazer com que o público renomeasse os espetáculos de acordo com esses objetos. Assim, 4x4, de 2002, virou “aquela coreografia dos vasos”. Outras coregrafias nos últimos dez anos:

1997
Rota “aquele da roda-gigante”

1999
Casa “aquele da casa de três andares”

2002
4x4 “aquele da dança entre os vasos”

2005
Nó “aquele da árvore formada por cordas”

2006
Dínamo “aquele sobre o futebol”

Balé da Cidade em dez atos

A crítica de dança e curadora do festival Dança em Pauta Ana Francisca Ponzio selecionou dez bons momentos da companhia:
1997
“Prenilúnio”, de Susana Yamauchi
1998
“Baile na Roça”, de vários
1999
“Forró for All”, de Ana Mondini
2000
“In Pulso”, de Henrique Rodovalho
2001
“Divinéia”, de Jorge Garcia
2002
“Deserto dos Anjos”, de Claudia Palma
2003
“Black Milk/Queens”, de Ohad Naharin
2004
“Liqueurs de Chair”, de Angelin Preljocaj
2005
“Adeus, deus”, de Sandro Borelli
2006
“Onde Está o Norte?”, de Mário Nascimento

Até hoje, a Osesp já realizou 640 concertos na Sala São Paulo
Capa

Cinema

Selton Mello fica "apaixonado" por parte de uma garçonete em "O Cheiro do Ralo"

Shows

Quebrando seu jejum de platéias brasileiras, Eumir Deodato faz dois shows com a Jazz Sinfônica no Memorial da América Latina

Exposições

A mostra "Territórios do Olhar" revela a visão urbana de Mário Zanini

Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.