SHOWS

ORQUESTRA IMPERIAL

Grupo carioca faz versão moderna de gafieira

Eles não querem lançar tendência, mas, depois deles, surgiram várias orquestras. Não querem participar do movimento de preservação do samba, mas acabaram dentro desse caldeirão. Para entender como a despretensiosa "pelada semanal" de tantos músicos se tornou um fenômeno musical no Rio, é só assistir aos shows da Orquestra Imperial, hoje (dia 24) e amanhã, no Sesc Pompéia.

Formada por cerca de 20 músicos fixos (e outros tantos convidados), a Orquestra faz um show no estilo baile de gafieira, com sambas, marchinhas e boleros, e bota todo mundo pra dançar. O elenco, que no começo reunia mais gente no palco do que na platéia, é estelar: os modernos Kassin, Moreno Veloso e Domenico, do grupo +2, as cantoras Thalma de Freitas e Nina Becker, os veteranos Wilson das Neves e Nelson Jacobina e outras tantas revelações. Seu Jorge também já foi do bloco.

Rodrigo Amarante, do Los Hermanos, não vem porque está em turnê. Sem nenhum registro até agora, a Orquestra pretende lançar um DVD ao vivo. "As gravações têm de ser associadas ao baile, em que todo mundo se diverte. Num disco comum, isso se perderia", diz Kassin. No Rio, os bailes "imperiais" costumam durar quatro horas. Aqui, o público vai ter de se contentar com uma hora e meia.[AK]

Sesc Pompéia - choperia (r. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, tel. 3871-7700). 800 lugares. Hoje (dia 24) e amanhã: 21h. Ingr.: R$ 5 a R$ 15. Acesso a deficientes