TEATRO

Vento Forte para Papagaio Subir

Aos 49, Oficina tem olhos para o velho e o novo

Marcos Dávila

Na próxima quinta (dia 16), o teatro Oficina completa 49 anos e inicia as comemorações do ano de seu jubileu. Na mesma data, estréia finalmente em São Paulo "Vento Forte para Papagaio Subir", a primeira peça de Zé Celso, escrita em 1958. Em maio deste ano, o espetáculo foi remontado em Araraquara, cidade natal do diretor, em homenagem aos seus 70 anos, e, em julho, participou do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto.

A montagem original, dirigida por Amir Haddad, foi a primeira encenação do grupo na rua Jaceguai, no antigo Teatro Espírita Novos Comediantes, que deu lugar ao Oficina.

"Essa peça foi meu nascimento enquanto artista. Nunca tive muito apreço, até me apaixonar por ela neste ano. É como reconhecer um filho depois de 50 anos", diz Zé Celso.

"Vento Forte" conta a história de um jovem de 21 anos que quer sair de sua pequena cidade. Esse Zé Celso seminal se encontra com o homem já maduro de "Santidade" , de José Vicente, que reestreou no Oficina como parte da celebração.

"Faço o velho e o menino. Agora entendo o "eterno retorno' de Nietzsche", fala ele.

Oficina (r. Jaceguai, 520, Bela Vista, região central, tel. 3106-2818). 350 lugares. Qui.: 21h. Até 19/8. 90 min. 1 4 anos . Ingr.: R$ 20. C R