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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 11 A 17 DE MARÇO DE 2011

 

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TEATRO

ENTREVISTA | Fernando Calvozo

Curador fala sobre as novidades desta edição

O que há de novo neste ano?
A curadoria está mais presente. Nas outras edições, só recebíamos os vídeos e fazíamos as análises para montar a programação. Desta vez, fomos aos países assistir às montagens que trouxemos.

Quais são os destaques internacionais?
Temos, por exemplo, o monólogo paraguaio "José Gaspar (La Soledad del Poder)", cujo ponto positivo é a interpretação de Jorge Ramos. É uma coisa impressionante. Já a argentina "Abanico de Solteira" é uma peça baseada na obra do "escritor espanhol Garcia" Lorca, que foi premiada em Buenos Aires e muito bem recebida em outros países. Outro que gosto de citar é "Septiembre", de Yovinca Arredondo, uma boliviana que esteve na primeira edição do festival. É um espetáculo triste, mas muito tocante. Essas bolivianas têm muito talento. O encerramento do festival terá "Yo Mono Libre", da companhia espanhola Teatro Del Temple. É uma peça baseada em "A Metamorfose", de Franz Kafka. Eles transpõem o personagem para um macaco, e o trabalho de máscara e maquiagem é muito interessante.

E os brasileiros?
Destaco "As Folhas de Cedro", do Samir Yazbek, uma montagem linda, meio autobiográfica. Foi unânime entre a curadoria incluí-la. Abrimos a programação com "Lamartine Babo", que é muito para cima.

Em que se diferem as produções dos países?
Os portugueses, por exemplo, escolhem textos muito densos, complicados. Já aqui no Brasil é ao contrário. Os espanhóis têm uma linguagem mais alegre. A melancolia é uma característica dos bolivianos e parece que traduz um pouco da alma daquele povo. Como os uruguaios, que aparentam ter uma confusão de palavreados e diálogos: as falas são muito entrecortadas, uma sobrepõe a outra. Enquanto um ator ainda está falando, o outro já começa a representar. Isso também é um traço do gestual do país.

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