Um ano é o período que a Terra leva para completar uma volta em torno do sol. E um ano tem 365 dias. Certo?
Bom, não exatamente. Na verdade, a Terra demora 365 dias e mais 6 horas para contornar o sol
Na prática, um ano teria 365,25 dias —algo complicado de se colocar em um calendário
Os anos bissextos, então, ajudam a arredondar a conta. Para compensar as horas que ficam de fora todos os anos, acrescentou-se um dia a cada quatro anos
Esse dia extra é a soma das seis horas que sobram a cada ano durante quatro anos, totalizando 24 horas (6+6+6+6)
Mas o nosso 29 de fevereiro era, inicialmente, uma espécie de 25 de fevereiro. E é daí que vem o nome "bissexto"
No calendário juliano, os dias eram contados de trás para frente, a partir de três datas fixas: calendas, nonas e idos
A calenda era o primeiro dia do mês. E o dia 24, sendo o sexto dia antes da calenda de março, era chamado de "sextus"
Na época, decidiu-se que o dia extra seria depois de 24 de fevereiro.
Era como se o dia 24, o tal "sextus", fosse dobrado. Ou seja: "bis" (duas vezes) + "sextus"
Na época, decidiu-se que o dia extra seria depois de 24 de fevereiro.
Esse dia bissexto, nos tempos de Júlio César, era visto como nefasto, e nele se esperavam desgraças
O imperador fazia longos discursos, dizia que a miséria de Roma ia acabar se todos ajudassem, mas que sem reformas não dava, coisa e tal. Não era mole
Depois, o nome e a aura malévola desse dia azarento passaram para o ano todo. Algumas pessoas acreditam até hoje nos maus eflúvios do ano bissexto
O dia bissexto só passou para o fim de fevereiro, dia 29, após decretos do papa Gregório 13 em 1582. Esse calendário é o que usamos hoje: o gregoriano
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