Marielle Franco, cria da favela da Maré, no Rio de Janeiro, lutava pela causa das mulheres, da população negra e pela periferia
Foi vereadora pelo PSOL e seu assassinato, em 2018, ainda carece de muitas respostas
Assassinato
Em 14 de março de 2018, Marielle e Anderson Gomes, seu motorista, são mortos a tiros ao saírem de evento no centro do Rio
Investigação
Em novembro de 2018, a Polícia Federal abre "investigação da investigação", para apurar denúncias de irregularidades e interferências no trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público
Batalha Judicial
Em agosto de 2018, é expedida a primeira decisão judicial determinando que o Google forneça dados que possam ajudar a solucionar o caso
Prisão
Em 12 de março de 2019, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz são presos e acusados pelo Ministério Público estadual pela execução do crime
Primeira troca de delegado
Dias depois, a delegacia responsável pela apuração do caso troca de comando: Giniton Lages é substituído por Daniel Rosa para investigar os mandantes
Federalização
Em setembro de 2019, com base na investigação da PF, a então procuradora-geral Raquel Dodge pede a federalização das investigações e denuncia cinco suspeitos por terem tentado fraudá-las
Bolsonaro
Em 29 de outubro de 2019, o Jornal Nacional, divulga que um porteiro do condomínio Vivendas da Barra disse à polícia que foi Bolsonaro quem liberou a entrada de Élcio no dia do crime
Bolsonaro, porém, estava em Brasília e o Ministério Público apurou que essa versão era falsa
Briga com o Google
Em agosto de 2020, STJ nega recurso do Google e confirma que a empresa deve compartilhar geolocalização de usuários a pedido da promotoria
Criação de força-tarefa no MP-RJ
Em março de 2021, o Ministério Público do Rio de Janeiro cria uma força-tarefa para investigar o caso. O grupo conta com Simone Sibilio, que o acompanhou desde 2018
Lessa é condenado
Em julho de 2021, Ronnie Lessa é condenado a quatro anos e seis meses de reclusão por ocultação e destruição de provas no caso
3ª troca de delegado
Em julho de 2021, o delegado Henrique Damasceno deixa a 16ª DP (Barra da Tijuca) e assume a chefia da Delegacia de Homicídios da Capital, incluindo o caso Marielle
Promotora deixa as investigações
Em julho de 2021, a promotora Simone Sibilio deixa o caso em meio a divergências causadas pelo acordo fechado com Júlia Lotufo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega
4ª troca de delegado
Em fevereiro de 2022, a investigação do assassinato de Marielle passa para as mãos do delegado Alexandre Herdy, o quinto a assumir o caso
Julgamento
O tribunal do júri contra Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz ainda não tem data para acontecer, já que a defesa entrou com recurso no STJ. Os mandantes do crime ainda não foram identificados