A relação entre olfato e memória
Você já sentiu um cheiro e imediatamente foi transportado para uma lembrança exata ou uma sensação forte?
Se sim, saiba que essa sensação é muito comum e tem uma explicação científica
Sabe-se que o ser humano tem cerca de 400 receptores olfatórios. São eles que reconhecem os odorantes —moléculas voláteis emanadas de diferentes fontes. Elas são as responsáveis pelo cheiro
As moléculas se "encaixam" nos neurônios olfativos da mucosa nasal. Isso gera sinais elétricos, que, por sua vez, são transmitidos ao bulbo olfativo e daí para outras regiões do cérebro
Quando sentimos um cheiro, os sinais dos neurônios olfativos são enviados para as áreas cerebrais relacionadas às emoções e às memórias
Esse mecanismo é diferente para a audição e a visão, que são processadas em regiões mais distantes do centro emocional
É por isso que uma memória olfativa costuma ser mais intensa que uma visual, por exemplo. O cheiro é capaz de carregar uma emoção, seja ela boa ou ruim
Como vivemos em um mundo dominado por sons e imagens, não dependemos mais do olfato do ponto de vista da sobrevivência
Assim, grande parte das pessoas recebe informações olfativas sem se dar conta do significado ou do efeito dessa comunicação
É possível treinar o nariz para estreitar sua relação com o olfato. O exercício é simples: cheirar e ter consciência do cheiro. Uma dica é fazer isso na feira, lugar com grande variedade de aromas para explorar
O tempo seco pode castigar (e bastante) o nariz. Você sabe como se proteger?
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Iara Biderman
Ana Luísa Moraes
IMAGENS
Ruslan Zh, Ashley Winkler/Unsplash, Giphy, Rivaldo Gomes/Folhapress
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