Como tratar déficit de atenção e hiperatividade
Tem dias que é difícil manter o foco, não é? Celular, barulhos na rua, tudo parece distrair
Essa dificuldade, porém, não pode ser equiparada ao TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade
Mesmo com esses sintomas definidos, o diagnóstico do TDAH não é simples e é feito clinicamente. Não há exames que possam auxiliar na identificação do problema
Rodrigo Martins Leite, do Instituto de Psiquiatria da USP afirma que alguns pontos são evidentes desde o começo da vida, como baixo desempenho escolar, problemas disciplinares e atrasos
Dificuldade para entrar na universidade e problemas no trabalho também são pontos de atenção
São esses impactos que ajudam a diferenciar uma desatenção comum de um transtorno, que atinge de 3% a 5% das crianças
A causa não está totalmente clara, mas sabe-se que há fatores genéticos e ambientais envolvidos
Segundo Leite, dinâmicas familiares em que a família tem dificuldade de colocar certos limites às crianças somadas à predisposição genética favorecem o quadro
O tratamento pode envolver medicação, psicoterapia e, em alguns casos, terapia familiar
“Se você não cuida do sistema inteiro, não está fazendo um bom trabalho. Se você não pensa em estratégias além da medicação, está oferecendo um tratamento de qualidade questionável", explica Leite
Segundo o psiquiatra, é comum haver baixa adesão ao tratamento e, por isso, dificuldades por toda a vida
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