Publicidade
Publicidade

Em Paris, Brasil inicia fase de definições no judô

Marcio Rodrigues/MPIX
Treinamento da seleção brasileira em hotel em Mangaratiba, no Rio de Janeiro
Treinamento da seleção brasileira em hotel em Mangaratiba, no Rio de Janeiro

Uma parte importante dos planos do judô brasileiro para os Jogos Olímpicos do Rio, de 5 a 21 de agosto, passa pelo Grand Slam de Paris.

O torneio francês, que ocorre neste sábado (6) e domingo (7), é a grande competição do início da temporada.

"É quase um campeonato mundial, já que cada país pode levar até dois atletas", afirmou o gestor técnico de alto rendimento da confederação brasileira (CBJ), Ney Wilson.

O Brasil terá 12 judocas no evento, que distribui até 500 pontos para um campeão e é um dos mais importantes do calendário internacional.

Mais do que isso, o Grand Slam parisiense compõe uma série de compromissos que a CBJ listou como cruciais para sua estratégia olímpica.

Wilson explicou que a confederação quer levar para as competições os judocas que brigam por vaga olímpica nos primeiros meses do ano e depois tirar a seleção do foco.

O Brasil já possui vagas em todas as 14 categorias –sete masculinas e sete femininas– por ser a sede olímpica. O melhor do país em cada peso será convocado.

A definição das vagas vai ocorrer no dia 30 de maio.

Com esse investimento nas primeiras competições do ano, Wilson mira objetivos que se interligam: melhorar a posição dos atletas no ranking o bastante para poupá-los nos meses que antecedem os Jogos. "Se puder, vou 'esconder' nossos judocas."

O plano é deixar os brasileiros como cabeças de chave de seus pesos no Rio e, assim, fazer com que tenham caminhos mais tranquilos, porém não entre os líderes.

Os oito primeiros colocados do ranking mundial entrarão como cabeças de chave nos Jogos Olímpicos.

A medida ficou definida depois da experiência ruim dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, quando o ranking passou a ser usado para a classificação olímpica.

O Brasil chegou com uma líder de categoria e diversos judocas no top 5, mas na avaliação do dirigente isso mais atrapalhou que ajudou.

Um deles era Leandro Guilheiro, segundo no ranking e principal favorito ao ouro no peso meio-médio (até 81 kg), mas que sequer chegou à fase de briga por medalhas.

"Como [o ranking] era novidade em Londres, todos estavam preocupados em ser primeiro ou segundo, e nisso chegamos bem. Mas lá vimos que essa primeira posição não virava muito", afirmou.

"Dos judocas que foram a Londres como número um, poucos foram ouro. Houve muita pressão", prosseguiu.

O judô brasileiro definiu como meta superar, no Rio, as quatro medalhas conquistadas na última edição olímpica. O Grand Slam de Paris servirá como parâmetro para saber se o objetivo é palpável.

"O importante é pensar competição a competição e melhorar onde estou com dificuldades, com confiança, constância e ritmo", afirmou o pesado Rafael Silva, que levou o bronze em Londres e lutará no torneio francês.

Outros nomes importantes são Sarah Menezes, Rafaela Silva e Felipe Kitadai. A principal ausência é do francês Teddy Riner, multicampeão do peso-pesado, lesionado.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade