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Rio-2016

Bronze em 2012, brasileira quer ouro no Rio e projeta profissionalismo no boxe

Primeira e única brasileira medalhista olímpica do boxe, Adriana Araújo está confiante para repetir o feito dos Jogos de Londres-2012 e ir ainda mais longe. Ou melhor, mais alto no pódio.

"Dá, sim, para conseguir mais uma medalha. Essa é com certeza a minha meta. Não saio para ser medalhista de bronze como em Londres, saio para ser ouro, para ser campeã olímpica", afirma a boxeadora de 34 anos, única brasileira já com a vaga assegurada nos Jogos do Rio.

"Não estou absorvendo essa responsabilidade. Para mim, o que muda em relação a 2012 é que agora tenho consciência do que é estar na Olimpíada e o que é representar o país. Estou consciente em busca de uma medalha, porque já vi o quanto é gostoso ganhar uma. No Rio, dentro de casa, com a nação toda a favor, vai ser demais", diz a boxeadora à Folha.

A confiança é tamanha que, na última semana de março, a baiana que treina em São Paulo embarcou para Salvador com uma ideia na cabeça: fazer mais uma tatuagem, desta vez com o símbolo da Rio-2016.

"Fiz os anéis olímpicos e o símbolo de Londres antes da Olimpíada de 2012, quando consegui a vaga. Agora vou fazer uma tatuagem da Rio-2016. Estava esperando só garantir a vaga. O problema é escolher onde, já estou parecendo uma revistinha, nem sei quantas tatuagens eu tenho", brinca Adriana.

TREINOS

Boxeadora da categoria até 60 kg, a baiana disse que a mudança que pode levá-la do bronze ao ouro quatro anos depois está no treinamento.

"Estou buscando mais velocidade. Força eu já tenho", afirma, com um relógio de ouro no pulso. "Foi presente de um amigo, em Porto Rico. A medalha de ouro já está na minha mente. Não preciso olhar as horas para ela chegar", diverte-se.

A postura mais descontraída difere da Adriana que brigou contra preconceito e resistência até se tornar medalhista olímpica. Luta que travou nos ringues, mas também dentro de casa e na Confederação Brasileira de Boxe.

"Antigamente não se ouvia falar do boxe feminino. Graças a Deus, a Adriana Araújo conseguiu dar uma boa visibilidade para as mulheres. Hoje tenho patrocínios e a bolsa pódio do governo federal [R$ 8.000]. Nunca ganhei premiação lutando. Por isso depois da Olimpíada tenho em mente ser profissional. Mas também posso pensar em lutar mais uns anos no boxe olímpico, para estar em Tóquio-2020", afirma.

PROFISSIONALISMO

Adriana já teve propostas para se tornar profissional na Argentina e no Canadá. "Os agentes acham que tenho chances reais de ser campeã mundial", afirma.

Por enquanto, porém, a chance de ser campeã olímpica a mantém no chamado boxe amador.

"Na Argentina as profissionais ganham mais que as olímpicas, aqui as bolsas do governo ajudam mais do que lá. Se fosse mudar hoje, não valeria a pena", diz.

Assim, enquanto aguarda o próximo round na luta pelo boxe feminino nacional, Adriana mira seus golpes em um só objetivo: o ouro olímpico nos Jogos do Rio.

RAIO X

NOME
Adriana dos Santos Araújo

ALTURA
1,67m

NASCIMENTO
04/11/1981,
em Salvador, na Bahia

CONQUISTAS
Medalha de bronze na Olimpíada de Londres em 2012

CATEGORIA
Leve, até 60 kg

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