A Polícia do Rio identificou nesta segunda (4) dez cambistas que negociavam em sites pela internet a venda de ingressos para os Jogos Olímpicos de 2016.

Os integrantes do grupo compraram os bilhetes pelo site oficial do evento (www.rio2016.com/ingressos ) e os negociam com ágio na rede. No total, 714 ingressos tiveram a impressão suspensa pelo Comitê Organizador da Rio-2016.

As entradas, que são confeccionadas numa fábrica nos EUA, ainda não foram distribuídas.

A polícia não informou os nomes dos supostos cambistas e os valores cobrados pelo grupo.

A venda dos ingressos de forma irregular foi identificada nos últimos dias pelos organizadores dos Jogos, que acionaram os policiais.

Em março, o comitê informou que mais da metade dos 7,5 milhões de ingressos disponíveis já foram vendidos.

Para combater os cambistas, organizadores do evento criaram uma plataforma na sua página na internet para vender os ingressos dos torcedores que desistirem de assistir aos Jogos. Os bilhetes serão oferecidos pelo dono no site da Rio 2016 no mesmo valor vendido anteriormente.

COPA

A última Copa do Mundo foi marcada por um escândalo envolvendo cambistas. A polícia prendeu 11 pessoas por participarem da suposta quadrilha. De acordo com os investigadores, o grupo lucrava pelo menos R$ 1 milhão por jogo.

O inglês Raymond Whelan, executivo da Match Services, foi preso no Copacabana Palace. A empresa é parceria comercial da Fifa e tinha exclusividade dos direitos da venda de pacotes do Mundial.

A Justiça do Rio arquivou no ano passado a ação penal contra o inglês alegando "inépcia material da denúncia".