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Guilherme Guido se aproxima da elite e mira marca expressiva em seletiva

Guilherme Guido, 29, não é exatamente uma revelação, mas sua evolução desde o início de 2015 tem provocado uma euforia de novato em torno de si. A boa fase gera uma expectativa crescente para o Troféu Maria Lenk, que começa nesta sexta-feira (15), no Rio. O torneio é a última seletiva olímpica do país e serve de evento-teste para a Rio-2016, abrindo o novo centro aquático dentro do Parque Olímpico da Barra.

O nadador tem potencial reconhecido na natação nacional. Quando jovem, chegou a derrotar inúmeras vezes Cesar Cielo em torneios de base. Na transição entre a adolescência e a fase adulta, porém, o paulista demorou a encontrar regularidade em sua principal prova, os 100 m costas. Mas, ultimamente, se achou.

Em 2015, ele bateu duas vezes o recorde sul-americano da distância. Primeiro, em julho passado, no Pan de Toronto, nadou para 53s12.

Danilo Verpa - 17.jul.2015/Folhapress
TORONTO - CANADA - 17.07.2015 - Guilherme GUIDO durante prova de 100M costas na natacao nos Jogos Pan Americanos de Toronto no Canada. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, ESPORTE)
O nadador Guilherme Guido festeja a prata nos 100 m costas no Pan de Toronto, em 2015

Cinco meses mais tarde, na primeira seletiva olímpica nacional, realizada em Palhoça (SC), melhorou sua marca pessoal e continental para 53s09. O registro foi o nono melhor do mundo na última temporada e foi abaixo do índice estabelecido para garantir vaga nos Jogos do Rio.

Guido acha que ainda é pouco, que tem mais lenha para queimar. A quer provar isso no Maria Lenk.

"Meus resultados recentes mostram que posso chegar lá. Quero quebrar a barreira dos 53s, nadar abaixo disso", afirmou Guido à Folha.

Ele avalia que somente desempenhos na casa dos 52s podem levar a uma final e a uma eventual medalha olímpica. "Abaixo de 53s deve classificar para final. Mas, para medalha, é preciso ir na casa de 52s30", contou.

O que aumentou sua confiança foi o desempenho no Campeonato Sul-Americano em Assunção, no Paraguai, no início do mês. Barbado e sem polir (termo usado pelos nadadores para dizer quando não está descansado e raspado), cravou o tempo de 53s40, relevante em nível mundial.

A barafunda de números confunde e é até menos importante do que o trabalho desenvolvido por Guido nos últimos anos, ao lado do técnico André Ferreira, o Amendoim, ou Amen.

A aliança reergueu o nadador, que em busca de evolução chegou até mesmo a morar na Barcelona, em 2011. Não deu certo. Foi nas mãos de Amen que ele vingou.

Atualmente, Guido treina seis horas por dia no Clube Pinheiros, em São Paulo. Quatro destas horas são dedicadas à parte aquática e duas à parte física –entenda-se, academia ou fisioterapia.

Outro grande ganho, porém, foi no campo da disciplina. Uma dieta com restrição a glúten e lactose lhe rendeu uma perda de 5 kg. De 94 kg que era seu usual, caiu para 89 kg, o que ele acredita dar mais leveza na água.

"Este [Troféu] Maria Lenk vai me dizer muita coisa sobre como estou. Estou me sentindo muito bem", disse ele, que no Pan de Toronto conquistou ouro no revezamento 4 x 100 m medley e prata nos 100 m costas.

Seu primeiro compromisso no torneio será neste sábado (16), nos 100 m costas.

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